Para isso, a fabricante fez um investimento significativo na formação da rede de concessionárias, em marketing e em despesas operacionais. A Bajaj também estreia com produção local, em parceria com a Dafra, que montará, inicialmente, os modelos da linha Dominar no Polo Industrial de Manaus (AM).

Motos da Bajaj que chegam ao Brasil

A vinda da Bajaj para o Brasil foi anunciada em julho e estava programada para outubro, mas problemas logísticos atrasaram a estreia oficial da marca. Nesse período, a primeira concessionária da marca, localizada na cidade de Santo André, no ABC paulista, anunciou a pré-venda de cinco modelos. Entretanto, a Bajaj estreia no Brasil com apenas três motos: Dominar 400, Dominar 200 e Dominar 160. Os modelos Avenger 160 e Dominar 250, que estavam em pré-venda, não desembarcaram, pelo menos, neste início de operação.

“Estamos inaugurando simultaneamente nossas primeiras concessionárias hoje, todas no estado de São Paulo. São duas lojas na capital (zona sul e zona oeste), uma em Santo André, uma em Jundiaí e outra em Campinas. Todas terão a linha completa para ser exibida aos clientes e técnicos treinados para atender os clientes no pós vendas. Esperamos já receber os primeiros pedidos e muitos agendamentos de test-rides.”, acredita Waldyr Ferreira, Country Manager da Bajaj do Brasil.

Apesar de receber o nome de Dominar 160 no Brasil, a moto de entrada da Bajaj chama-se Pulsar NS 160 na maioria dos 79 países, onde a marca opera. O mesmo acontece com a Dominar 200, conhecida como Pulsar NS 200 no exterior.

De acordo com Waldyr Ferreira, a marca optou por essa mudança de nome para focar os esforços na linha Dominar no País. Além disso, a mudança de nome abre espaço para a chegada da nova geração da família Pulsar futuramente. Recentemente a Bajaj apresentou na Índia as novas Pulsar N 250 e a N 160, que também devem vir ao Brasil no ano que vem.

Bajaj Dominar 160 – R$ 18.680

A Dominar 160 chega para brigar com modelos como a Honda CG 160 e Yamaha Fazer 150, porém com alguns diferenciais. Seu motor de um cilindro, 160,3 cm³de capacidade, tem arrefecimento misto (ar e óleo) e comando simples no cabeçote com quatro válvulas. Alimentado por injeção eletrônica e com duas velas, produz 17 cv de potência máxima a 9.000 rpm e 1,488 kgf.m de torque máximo a 7.250 rpm. O câmbio tem cinco marchas. Em teoria, seu desempenho é melhor do que as concorrentes.

Equipada com rodas de liga-leve, de 17 polegadas, a Dominar 160 conta com freio a disco em ambas e sistema ABS, apenas na dianteira. Outro diferencial perante às concorrentes é o conjunto de suspensões. Na dianteira, a Dominar 160 tem garfo invertido, com tubos de 31 mm, e um amortecedor na traseira. “A suspensão traseira monoamortecida será um dos maiores destaques da Dominar 160 frente à concorrência”, destaca Ferreira.

Com preço sugerido de R$ 18.680, já incluso o frete, o modelo reforça a estratégia da Bajaj de oferecer motos com especificações superiores à concorrência, ao invés de apostarem preços mais baixos. O valor da Dominar 160 é superior ao cobrado pela Honda CG 160 Titan, que tem preço sugerido de R$ 15.060. Mas, vale lembrar, que a CG 160 tem garfo convencional, na dianteira e sistema bichoque, na traseira. Além disso, a moto mais vendida do Brasil tem freio a disco somente na frente, com tambor atrás e sistema combinado.

Dominar 200 – R$ 19.637

Com o mesmo design e ciclística do modelo de 160 cc, a Dominar 200 destaca-se pelo motor maior e mais potente. Com 199,5 cm³ de capacidade, tem arrefecimento líquido e produz bons 24,5 cv de potência máxima a 9.750 rpm e 1,9 kgf.m de torque a 8.000 giros. Destaque ainda para o câmbio de seis marchas.

Não por acaso, trata-se do mesmo conjunto motriz da KTM 200 Duke, vendida no Brasil. Afinal, a Bajaj é parceria da KTM no desenvolvimento e produção dos modelos de baixa cilindrada da marca austríaca, produzidos na Índia. Desde 2017, a fabricante indiana também detém 49% de participação na KTM.

O modelo também tem tanque de 12 litros. Como sua irmã menor, ela usa garfo invertido na suspensão dianteira, porém com tubos de 33 mm. Na traseira, o monoamortecedor tem reservatório separado de gás. Já os freios têm assistência de ABS de canal único, com discos de 300 mm na dianteira e 230 mm na traseira.

Com preço sugerido de R$ 19.637, também com frete já incluso, a Bajaj Dominar 200 chega como uma opção intermediária entre as motos de 150 e 160 cc e os modelos de 250 e 300 cc, com um preço bastante competitivo.

Dominar 400 – R$ 24.200

Modelo de maior capacidade cúbica produzido pela marca, a Dominar 400 é uma das motos mais aguardadas pelos brasileiros. Afinal, será uma das poucas opções nessa faixa de cilindrada e tem especificações dignas de motos maiores.

O motor de um cilindro, 373,3 cm³ e refrigeração líquida, deriva da KTM 390 Duke, também produzida pela Bajaj na Índia. Capaz de produzir 40 cv de potência a 8.800 rpm é um motor com bom desempenho até para viajar.

Com câmbio de 6 marchas e embreagem assistida e deslizante, a Dominar 400 é classificada como uma sport-touring pela Bajaj. Afinal, seu bom desempenho e a autonomia do tanque de 13 litros atendem a proposta de quem quer viajar com a moto.

Na suspensão dianteira, o modelo é equipado com garfo telescópico invertido (USD) de 43 mm, enquanto na traseira, usa monoamortecedor, com reservatório externo de gás.

Falando em segurança, a Dominar 400 também não decepciona. Os freios têm sistema ABS de dois canais, com discos de 320 mm na dianteira (pneu 110/70 R17) e 230 mm na traseira (150/60 R17), enquanto o farol dianteiro é full LED, com acendimento automático. Piscas também são em LED, com lentes transparentes.

Vale destacar ainda a boa lista de equipamentos da Dominar 400. Além de protetores de mão e de motor, o modelo traz para-brisa alto e bagageiro traseiro como itens de série. Painel digital com computador de bordo e entrada USB completam a lista de equipamentos da Bajaj de 400 cc.

Com o competitivo preço de R$ 24.200, a Dominar 400 custa menos do que as concorrentes de mesma capacidade, como Kawasaki Z 400 e Yamaha MT-03. Contudo, os modelos das marcas japonesas utilizam motor bicilíndricos, que vibram menos e tem desempenho ligeiramente superior ao da Dominar.