Bike SP: uso de bicicleta pode render créditos no Bilhete Único

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Bike SP: trocar ônibus por bicicleta pode ganhar créditos no Bilhete Único

Por: Isabel Lima . Há 4h

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Meios de Transporte

Bike SP: trocar ônibus por bicicleta pode ganhar créditos no Bilhete Único

Secretaria Municipal de Transportes (SMT) está retomando as discusões de projeto de lei aprovado nove anos atrás

2 minutos, 50 segundos de leitura

09/05/2025

Tarifa zero Pessoa encosta o Bilhete Único no validador dentro do ônibus
Oito anos depois da data em que a lei deveria estar em vigor, Semtra inicia as discussões para viabilizar Bike SP. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

Após oito anos em que deveria estar em vigor, o Bike SP pode finalmente sair do papel. O projeto busca incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte mediante a créditos vinculados ao Bilhete Único. Apesar da sanção da lei ter ocorrido em 2017, o Bike SP entrou em fase de desenvolvimento apenas em 2025. 

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Conforme a Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (Semtra), o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) realiza testes. Porém, apenas depois desta etapa a secretaria vai determinar os detalhes e parâmetros do Bike SP. 

De acordo com o texto da lei assinada pelo prefeito da época Fernando Haddad (PT), o projeto vai conceder créditos a quem escolher se locomover de bicicleta em vez de outro automóvel e transporte coletivo. Esse crédito seria vinculado ao Bilhete Único. Dessa forma, o usuário poderia utilizar para pagar outros produtos e serviços vinculados ao poder público. 

Entretanto, sem a regulamentação estabelecida, não é possível determinar exatamente como será a prática do projeto.

Bike SP: mais uma promessa?

Quando surgiu, o projeto de lei, de autoria do então vereador José Police Neto (PSD), pretendia melhorar a mobilidade urbana de São Paulo, promover saúde aos moradores e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, Neto é subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo. 

Na época, os serviços de bicicletas compartilhadas e a micromobilidade individual estavam em alta no Brasil. Porém, com a pandemia de covid-19, muitos avanços se perderam e poucas iniciativas conseguiram se manter ativas. 

Por isso, o perfil do usuário também mudou. Ou seja, uma parte significativa dos usuários de bikes como as da Tembici trabalha como entregador. Os impactos econômicos e de suprimentos também ajudaram a reduzir a quantidade de bicicletas disponíveis na cidade. 

Apesar disso, a startup conseguiu um investimento de R$ 160 milhões do BNDES em 2023. Isso veio acompanhado de promessas de expansão da infraestrutura do sistema e bikes, inclusive de modelos elétricos. 

Por outro lado, o aspecto que incentiva diretamente na adesão do uso de modais ativos são o alcance das ciclovias e segurança. Apesar de ter a maior malha cicloviária do Brasil, São Paulo falha ao cumprir metas de expansão necessárias a cidade. Sem o crescimento da infraestrutura, e consequentemente penetração da cultura, é difícil acreditar que haverá impacto. A população precisa ver vantagem em utilizar as bikes para os transportes diários. 

Na última gestão da prefeitura, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou a meta de construir 300 novos quilômetros de ciclovias. Porém, Ricardo Nunes (MDB), que assumiu depois da metade do mandato, conseguiu cumprir apenas 16% do prometido, 49,7 km. 

Após a reeleição, Nunes incluiu no Programa de Metas 2025/2028 atingir mil quilômetros de vias exclusivas para bicicletas. Ou seja, a prefeitura deve trabalhar para construir 233 km.

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