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Brasileiros poderão voar em um eVTOL daqui a três anos

Por: Daniela Saragiotto . 30/06/2023

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Brasileiros poderão voar em um eVTOL daqui a três anos

EVE, empresa da Embraer que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical, os carros voadores, afirma que já tem 2.800 pedidos e trabalha com data de entrega para 2026

2 minutos, 34 segundos de leitura

30/06/2023

Por: Daniela Saragiotto

protótipo de evtol da eve sobrevoando a cidade
Equipamentos possuem propulsão distribuída, que oferece mais segurança ao voo. Foto: Divulgação Eve

A Eve Air Mobility, uma subsidiária brasileira da Embraer que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), os chamados carros voadores, afirmou que eles serão realidade no Brasil em 2026, ou seja, daqui a apenas três anos. “Temos o maior backlog do mercado, atualmente com 2.800 ordens de empresas para a compra de EVTOLs, de todo tipo de operador”, diz Ana Luisa Lapa, head de Stategic Design da Eve Air Mobility.

Leia também: eVTOLS: objetos voadores identificados

A declaração foi dada durante o Parque da Mobilidade Urbana (PMU), maior evento do segmento, que aconteceu durante os dias 21/06 a 23/06 no Complexo Pacaembu, na capital paulista. A porta-voz da Eve participou do painel ‘Quais são as mudanças no cenário da mobilidade urbana com a operação de eVTOLs’, que teve participação de diversos outros especialistas do setor aéreo.

Da esquerda para direita, Dante Grecco, moderador do painel, Manoel Coelho, Ana Laura Rebello, Pedro Paludo e Ana Luisa Lapa discutem o futuro da mobilidade aérea. Foto: PMU 2023

Desafios

Assim, para que os eVTOLs sejam, de fato, incorporados à mobilidade urbana, existem divesas barreiras que precisam ser superadas. “Cito a questão dos helipontos, pois a maioria dos existentes na cidade de São Paulo não atende nem mesmo aos helicópteros médios. Os obstáculos, como altura dos prédios ou mesmo as montanhas, também são desafiadores”, afirmou Ana Laura Rebello, sócia da VertBR.

Em paralelo está o avanço dos drones, cujas experiências no espaço aéreo já acumula alguns anos e tem ajudado no desenvolvimento dos eVTOLs em vários aspectos.”Hoje estamos operando diariamente em Israel. O que nos credenciou a voar naquele país foram nossos quatro anos de experiência no Brasil, porque não somos apenas uma empresa construtora de aeronaves: somos operadores que conhecem – e resolvem – todas as suas falhas”, diz Manoel Coelho, CEO da Speedbird Aero.

De acordo com Pedro Paludo, manager Certification Programs Branch da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o País conta atualmente com 1.300 drones registrados. Ele conta que, nesse momento, são várias frentes de trabalho, entre elas o avanço nas certificação para que essas aeronaves possam sobrevoar pessoas. “Quando o drone é usado na agricultura é mais fácil flexibilizar, mas no caso de pessoas é diferente, temos que ser muito rigorosos”, disse.

Carros voadores

A Eve conta com um equipamento de ponta que simula as condições de voo dos eVTOLs. “Além do desenvolvimento das próprias aeronaves, também trabalhamos na concepção de um modelo de tráfego áereo para a realidade que teremos, em mobilidade, dentro de pouco tempo”, informa Ana Luisa.

E isso será fundamental para organizar o ‘trânsito’ lá de cima: de acordo com a executiva da VertBR, o Brasil conta atualmente com cerca de 2 mil helicópteros. “E o número de aeronaves irá, no mínimo, quintuplicar quando os eVTOLs estiverem operando”, finaliza.

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