Carta à COP 27 pede estímulos à mobilidade ativa

Carta ressalta que a bicicleta e os pedestres não têm prioridade nas discussões sobre mobilidade. Foto: Getty Images.
Redação Mobilidade
25/11/2022 - Tempo de leitura: 2 minutos, 29 segundos

Mais investimentos e mudanças nas leis de trânsito para ciclistas e pedestres. São estas as reivindicações de uma coalizão global em carta à COP 27, a 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas.

De acordo com a carta da coalizão global Partnership for Active Travel and Health (Parceria pela Mobilidade Ativa e pela Saúde – PATH), é preciso estimular a mobilidade ativa. Ou seja, investir em formas de locomoção a pé e por bicicleta.

Além disso, a carta ressalta que a bicicleta e os pedestres não têm prioridade nas discussões sobre mobilidade. Portanto, é essencial trazer esse tema à tona, tanto para leis quanto para investimentos.

Devido à COP 27, o pedido da coalizão global é claro: que os governos invistam mais nestas duas formas de se locomover.

O objetivo é alcançar metas climáticas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Com isso, a PATH acredita que é possível alcançar o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Benefícios de investir em mobilidade para ciclistas e pedestres

Segundo a carta, o transporte é responsável por 27% das emissões globais de carbono. Além disso, é o setor com maior alta das emissões.

Conforme consta no documento, os veículos rodoviários são responsáveis por quase três quartos das emissões de CO2 do transporte. Entretanto, a carta traz como uma possibilidade substituir essas viagens por caminhadas ou trajetos de bike.

Não só a carta traz a possibilidade, como a exemplifica. Afinal, 60% das viagens urbanas em todo o mundo são inferiores a 5 km. Assim, caminhar ou andar de bicicleta podem ser opções para trajetos curtos.

Outro ponto que a carta menciona é que caminhar ou andar de bicicleta 30 minutos por dia é suficiente para atender aos requisitos mínimos de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, o risco de morte prematura pode cair de 20% a 30%.

Por fim, outro argumento é que se locomover a pé ou de bicicleta é possível. Na África, até 78% das pessoas caminham todos os dias.

Contudo, no continente muitas vezes as pessoas têm este hábito por falta de opção. Assim, têm que enfrentar locais com carros em alta velocidade ou calçadas e passagens feitas no improviso.

Por esse motivo é que a coalizão reforça a importância de políticas públicas em prol da mobilidade ativa. Portanto, a PATH, junto a outras organizações, fazem o apelo aos governos nacionais e municipais para que todos se comprometam a priorizar e investir nessa mudança.

Tanto em leis de trânsito para ciclistas e pedestres quanto em investimentos. Seria um conjunto de medidas em prol da mobilidade ativa. Entre elas, melhoria da infraestrutura, campanhas para apoiar a mudança de hábitos e planejamento de uso do solo. A carta está disponível na internet para que todos os interessados possam conhecer as demandas e assiná-la.