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Como a tecnologia pode ajudar a população em desastres naturais

Por: . 03/02/2022
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Como a tecnologia pode ajudar a população em desastres naturais

A tecnologia pode e deve ser uma aliada para evitarmos que eventos sazonais continuem a causar tantos estragos

3 minutos, 29 segundos de leitura

03/02/2022

Nem sempre é possível prever o tamanho exato de destruição que as chuvas podem causar. Mas é certo que elas estarão presentes nos calendários do País. Foto: Getty Image

As fortes chuvas que ameaçam várias regiões do País têm trazido caos para a população. Moradores da Bahia, de Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, sofreram com o nível da água, que causou muitas mortes, deixou milhares desabrigados e interditou os acessos às cidades.

Por décadas, os cientistas advertiram que as mudanças climáticas tornariam as ondas de calor mais frequentes e intensas, causando eventos extremos como chuvas, enchentes, secas e queimadas, entre outros fenômenos naturais. 

Mesmo com tantos alertas ao longo dos anos, continuamos a nos deparar com situações recorrentes e não solucionadas como as enchentes no Brasil. Não são só desastres. É falta de planejamento das cidades também. Tanto despreparo nos leva à pergunta: por que as cidades ainda não estão agindo para evitar essas tragédias?

Tecnologia como uma aliada na prevenção

Nem sempre é possível prever o tamanho exato de destruição que as chuvas podem causar; no entanto, é certo que elas estarão presentes nos calendários do País. Essa previsibilidade dá aos municípios a chance de se preparar antecipadamente para reduzir os danos, e alguns projetos têm nascido com a intenção de auxiliar nessa força-tarefa.

A tecnologia pode e deve ser uma aliada para evitarmos que eventos sazonais como esses continuem a causar tantos estragos. Ela está à disposição tanto do poder público quanto dos cidadãos, que podem contribuir para minimizar os impactos nas cidades.

O Waze for Cities é um projeto criado pelo Waze, que compartilha dados com órgãos públicos, institutos de pesquisa e empresas de comunicação, que, munidos das informações, podem estudar como prevenir e ajudar em casos de desastres, tudo em tempo real. Essa iniciativa inclui também um mapeamento do trânsito, fundamental em momentos como esses.

Embora os aplicativos e as ferramentas de navegação sejam quase sempre confiáveis, qualquer alteração nas condições das estradas, como fechamentos ou inundações, pode tornar esses mapas imprecisos.

Em desastres naturais, isso se torna particularmente perigoso para equipes de emergência e moradores que tentam evacuar a área e obter abrigo seguro. Em momentos como esse, uma comunicação ágil e eficiente, em que até mesmo os próprios moradores podem contribuir em tempo real, ajuda a proteger a população. 

Para se ter uma ideia, após a erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, em 2021, a comunidade de editores e usuários do Waze criou uma maneira dinâmica para a população local ver as vias interditadas, encontrar rotas de evacuação e achar abrigos e centros de doações.

Em Minas Gerais, a comunidade também entrou em ação quando as enchentes começaram, adicionando o fechamento de estradas e abrigos para ajudar a população a se locomover de forma segura.

Além disso, com aproximadamente 156 estradas fechadas, o mapa do app atualizou os motoristas sobre pontos de atendimento abertos – como postos de gasolina, abrigos, postos de saúde e outros.

Soluções para o Poder Público e a população

Dados de empresas de tecnologia podem ajudar no desenvolvimento de políticas públicas e tomadas de decisão. A partir de análises, é possível melhorar o gerenciamento e entender padrões associados a eventos e fenômenos, além de trabalhar em intervenções para prevenir que as pessoas fiquem ilhadas e corram risco de morte por conta do alto nível da água. 

As pessoas, mesmo que não tenham carro, podem fazer uso dos aplicativos para checar rotas de fuga, localizar abrigos e relatar algum incidente, ajudando assim a comunidade a evitar ir para lugares que estão sob risco de desastre e a procurar por locais seguros.

A tecnologia e os dados podem e devem ser usados para minimizar os impactos dos desastres naturais. Também é papel dos órgãos governamentais criar uma cultura de big data e investir em equipes e recursos para que esses dados vindo das diversas plataformas tecnológicas possam realmente criar um impacto positivo para os cidadãos. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão

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