Como transportar as crianças no carro com segurança

Cada dispositivo é adequado para uma faixa etária diferente. Foto: Getty Images.

05/08/2023 - Tempo de leitura: 3 minutos, 46 segundos

Para transportar as crianças no carro com segurança, é preciso redobrar os cuidados antes mesmo do início da viagem. O uso da cadeirinha de segurança, bebê conforto e assento elevado são essenciais, além de obrigatórios no Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2008, quando começou a obrigatoriedade, os números vêm caindo. Afinal, o uso obrigatório de sistemas de retenção reduziu em 30% a quantidade de mortes de crianças vítimas de acidentes de carro.

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A pesquisa considera crianças de 0 a 9 anos. Assim, os dados reforçam que o uso da cadeirinha, do bebê conforto ou do assento elevado são essenciais para preservar a vida dos filhos em um passeio de carro.

Para essa faixa etária, o cinto de segurança não é suficiente, pois o equipamento é para os adultos. “O cinto de segurança é adequado quando a faixa transversal passar sobre o ombro e diagonalmente pelo tórax, e a faixa subabdominal apoiada no quadril ou sobre a porção superior das coxas”, explica Mauro Cezar Candido, chefe de oficina da Ford Slaviero, da Ford Slaviero.

Segundo o especialista, também é essencial verificar os dispositivos de retenção com frequência. “É crucial seguir as recomendações do fabricante, especialmente em veículos mais modernos, que possuem pontos de fixação isofix integrados à estrutura do veículo, facilitando a fixação da cadeirinha.”

Dicas para aumentar a segurança

Outra dica é levar uma pessoa adulta no banco traseiro, mesmo que a cadeirinha esteja devidamente instalada e sendo usada corretamente. De acordo com Candido, essa medida evita distrações do motorista com as crianças que estão viajando no banco traseiro.

Além disso, essa atenção não deve ser exclusiva para quando a família vai viajar com as crianças. Um passeio perto de casa ou mesmo uma ida ao mercado do bairro já exige os mesmos cuidados. Afinal, o uso dos sistemas de retenção ajuda a salvar vidas em caso de acidentes de trânsito.

Qual dispositivo usar para cada faixa etária?

Apenas utilizar um assento elevado, bebê conforto ou cadeirinha não é suficiente para proteger as crianças de um acidente de carro. É preciso que estes equipamentos estejam adequados para cada faixa etária.

Confira o uso de cada dispositivo:

Bebê conforto

Desde o nascimento, a melhor opção é o bebê conforto. Isso porque o equipamento é ideal para recém-nascidos, acomodando e protegendo melhor o bebê.

Assim, o dispositivo deve ser instalado de costas para o movimento do carro e obedecendo a um ângulo de inclinação de, no mínimo, 45°. A posição de costas e a inclinação são necessárias, pois até 1 ano de idade, a coluna e os ligamentos do pescoço ainda não suportariam o peso exercido pela cabeça no momento de uma colisão.

Cadeira de segurança

A partir dos 4 anos até os 7, dependendo do modelo e especificações do fabricante, a criança deve ser viajar em cadeiras de segurança. Nesse equipamento, o ideal é deixá-la de frente para o movimento, na mesma posição em que os demais ocupantes do veículo.

Segundo Mauro Cezar Candido, o dispositivo é dotado de um sistema de retenção de cinco pontos, baseado nos cintos de segurança dos veículos, o que contribui para a distribuição da energia do impacto e faz com que sinta menos a colisão.

“A altura das tiras pode ser regulada conforme a criança cresce, ficando na altura do ombro ou acima dele. Estão presentes no encosto funções de regulagem de altura, para ajustar de acordo com a altura conveniente e segura para os pequenos”, detalha.

Assento de elevação

projetado para crianças com peso entre 15 kg e 36 kg, o assento de elevação serve para que, sentadas, fiquem mais altas. Assim, ajusta seu centro de massa ao cinto de segurança do veículo e fazendo com que o cinto do carro passe nas partes certas do corpo como o quadril, centro do peito e meio do ombro.

“São essas partes que, no momento de uma colisão ou freada brusca, poderão suportar o impacto ocasionado pelo travamento das tiras do cinto de segurança, responsáveis por manter o indivíduo preso ao banco e livre do risco de ejeção”, esclarece o chefe da oficina.