Descubra como Goiânia reduziu em 30% o tempo de deslocamento no transporte público por ônibus
Durante o Seminário Nacional NTU 2025, em Brasília, prefeito da capital goiana falou sobre as políticas que estão levando a população a adotar os ônibus em seu dia a dia

Nos últimos anos Goiânia, capital do Estado de Goiás, tem se tornado referência nacional no transporte público por ônibus, resultado da implementação de diversas políticas que têm tido impacto na qualidade de vida da população. Não por acaso, a cidade é uma das únicas do Brasil a superar a quantidade de passageiros do período pré-pandemia, índice que hoje está em 110%.
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“Juntamos muitas coisas importantes: ônibus rápidos e com ar-condicionado, que fazem as pessoas terem vontade de entrar, bicicletas compartilhadas que podem ser usadas com o mesmo cartão do transporte público, além de desobstruir as vias, liberando espaço para esses veículos”, diz Sandro Mabel (União Brasil), prefeito da cidade.
O político contou a experiência da cidade durante o Seminário Nacional NTU 2025, realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbano (NTU) entre os dias 12 e 13 de agosto em Brasília (DF).
Conceito de metronização no transporte público
O projeto de Goiânia prevê R$ 2,1 bilhões em investimentos da iniciativa privada ao longo de quatro anos. Assim, o foco é a ampliação da mobilidade urbana, na integração modal e na modernização tecnológica.
De acordo com o prefeito, a modernização do transporte público começou na cidade antes mesmo da sua gestão, com a revitalização dos terminais de ônibus e modernização dos semáforos. “Dando continuidade, começamos um trabalho de desobstrução as vias retirando contêineres que atrapalhavam o fluxo”, diz.
Quando assumiu a gestão, contudo, prefeito conta que a velocidade média nas vias urbanas havia caído mais de 40%, chegando a 14 km/h. Já o número médio de viagens diárias de ônibus por passageiro havia diminuído de 12 para 8.
Entre as iniciativas que ajudaram na reversão do cenário está a chamada metronização. Assim, Goiânia foi a primeira a adotar esse sistema.
Ele otimiza o fluxo dos ônibus em corredores exclusivos, priorizando, dessa forma, sua passagem em semáforos e reduzindo o tempo de viagem.
“Hoje, veículos que antes paravam de cinco a seis vezes a cada dez cruzamentos agora chegam a completar percursos inteiros com, no máximo, uma parada. Assim, o transporte se torna mais ágil e previsível”, explica o prefeito.
Ações e resultados
De acordo com Mabel, está prevista a instalação de 36 corredores com faixas preferenciais para ônibus e bicicletas. Além disso, a cidade conta com sincronização de mais de 80 cruzamentos e conversões livres à direita.
As medidas, contudo, já têm sido percebidas no dia a dia. O aumento de 30% na velocidade dos ônibus, que hoje alcança 23 km/h, é o principal deles.
“É impressionante como mobilidade urbana impacta a vida das pessoas. E esse tema precisa ter prioridade na agenda do prefeito”, afirma.
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