Como funcionam as faixas de pedestres para autistas
Projeto de Lei brasileiro prevê sinalização especial inspirada em iniciativa da Espanha
O cruzamento de vias nas faixas de pedestres pode representar um desafio para algumas pessoas. Para quem possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, apenas a sinalização tradicional não é suficiente para garantir uma travessia segura. Por esse motivo, a cidade de Valência, na Espanha, instalou cerca de 44 faixas de pedestres com pictogramas voltados para pessoas com TEA.
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Os pictogramas são ícones visuais pintados nas extremidades das faixas de pedestres, indicando algumas ações. Os sinais mostram os movimentos “pare, olhe, semáforo, atravesse”, como uma orientação gráfica da sequência de ações para poder atravessar. Coloridos em azul para contrastar com o característico branco das faixas, os símbolos ficam visíveis com clareza.
As faixas na Espanha foram instaladas no bairro de La Torre, na região em que há um centro ocupacional para pessoas com TEA. A iniciativa de pintar pictogramas nas ruas faz parte de um projeto de pesquisa da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Sevilha, em parceria com a Associação TeaVial, voltada a pessoas com espectro do autismo. Na Europa, a TeaVial fornece o material de forma totalmente gratuita para as cidades.
Faixas de pedestres especiais
Aqui no Brasil, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê a utilização de símbolos visuais em faixas de pedestres para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O PL tem inspiração na experiência da cidade de Valência e propõe as mesmas orientações de cruzamento.
De acordo com o texto, não cabe à lei federal determinar como os órgãos estaduais de trânsito devem sinalizar as travessias de pedestres. A responsabilidade sobre a regulamentação de sinalizações de trânsito caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
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