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Pneus no monotrilho? Oficina da Linha 15-Prata monitora as rodas do ramal de SP em tempo real

Por: Fellipe Gualberto . 05/11/2024
Mobilidade para quê?

Pneus no monotrilho? Oficina da Linha 15-Prata monitora as rodas do ramal de SP em tempo real

Saiba como o meio de transporte funciona e porque é importante acompanhar o estado das rodas

2 minutos, 49 segundos de leitura

05/11/2024

Pressão interna dentro dos pneus é três vezes maior do que em uma roda de carros. Foto: Adobe Stock

Um trem tem pneu de borracha? Os veículos que rodam pela CPTM e pelos trilhos do Metrô, pelo menos, não possuem. Estes contam com rodas de ferro, que deslizam diretamente pelos trilhos. No entanto, o monotrilho funciona de forma diferente e possui pneus especiais, que exigem até mesmo monitoramento constante do Centro de Controle e Operação (CCO) do Metrô.

Atualmente, apenas a Linha 15-Prata opera com monotrilho em São Paulo. Para atender às necessidades especiais do modal, o Metrô mantém no Pátio Oratório uma oficina na qual fabrica e faz manutenção dos pneus usados pelo veículo. Confira mais detalhes sobre a operação e saiba como funcionam as rodas.

Saiba mais sobre o segundo monotrilhos de São Paulo: Monotrilho Linha 17-Ouro: Trem recém-chegado da China deve passar por testes em breve

Os pneus do monotrilho

Na foto, é possível observar como o monotrilho percorre um caminho acima das avenidas. Foto: Divulgação/Metrô

Em primeiro lugar, é necessário detalhar o funcionamento do monotrilho. Esse meio de transporte, que se parece muito com um trem, percorre o seu caminho em uma via elevada, acima das ruas da cidade. Para se fixar à via elevada, o veículo possui dois tipos de pneus especiais.

Cada trem do monotrilho possui 28 pneus de carga e 84 de guia, todos fabricados pelo Metrô. Os pneus de carga sustentam o peso dos vagões, enquanto isso, os de guia “abraçam” a via elevada, lateralmente, e dão sustentação para o trem, evitando que ele caia. 

Armação de metal dentro dos pneus do monotrilho ajuda a sustentar o veículo, mesmo em casos que o pneu murcha. Foto: Divulgação/Metrô.

“Dentro de cada pneu existe o ‘run flat’, que é um aro maciço de alumínio.  Esse sistema permite que as composições sejam deslocadas com segurança em baixa velocidade até o pátio sem danificar as rodas, quando há despressurização no pneu”, completa o Metrô em nota ao Mobilidade Estadão.

Cuidados especiais

Usando um sensor no bico de cada um dos pneus, o Metrô monitora em tempo real a pressão e a temperatura das rodas. Sendo assim, é possível evitar problemas como furos, explosões e outros danos.

De acordo com o Metrô, a pressão dentro de cada pneu de carga é de 170 PSI (libra por polegada quadrada, uma medida de pressão aplicada em uma área) e do guia é de 140 PSI. Apenas para efeito de comparação, a companhia informa que em um pneu de um carro o padrão é de 30 a 40 PSI.

“Se algum dos pneus estiver com a pressão abaixo do padrão, um alarme dispara no Centro de Controle e o trem segue para manutenção”, conta a companhia. Para evitar problemas e reparo constante, o Metrô usa nitrogênio puro para inflar o equipamento, esse gás tem menor variação de volume com mudança de temperatura.

Durante a manutenção, os pneus recebem lavagem. Em seguida, são envoltos em líquidos para que os trabalhadores possam encontrar fissuras ou furos por onde o gás pode escapar. Por fim, os pneus são cheios com nitrogênio novamente e repousam por dois dias, depois desse prazo passarão por nova análise para saber se houve mudança na pressão interna.

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