Drones transportam amostras biológicas em ‘Avenida Aérea’ em Salvador
Aeronaves realizam piloto coletando testes do pezinho e exames toxicológicos na capital baiana
Desde meados de fevereiro, drones têm coletado amostras biológicas de laboratórios e de um hospital de Salvador (BA) e transportado para o local da análise, na cidade de Lauro de Freitas.
Dessa forma, o novo processo tem agilizado em cerca de 30 minutos o tempo de envio, de acordo com os responsáveis.
O projeto ainda está em fase de testes e é resultado de uma parceria entre o Grupo Pardini, especializado em medicina diagnóstica, e a Speedbird Aero, que fabrica e opera as aeronaves.
A rota em que drones transportam amostras biologias é considerada a maior percorrida pela empresa por esse tipo de aeronave.
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Como é o percurso
A rota conta com três pontos de pouso e decolagem e modal complementar de coleta e entrega – por motocicleta – para levar as amostras até o destino.
Neste momento, as amostras biológicas transportadas são testes do pezinho e exames toxicológicos.
As amostras recolhidas a cada dia de testes são de pacientes de quatro laboratórios e de um hospital na capital baiana.
‘Avenida Aérea’
O drone decola da região do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, já com algumas amostras, com seu primeiro pouso no Jardim dos Namorados, onde recebe novas materiais.
Na sequência, a aeronave vai para a Praia de Jaguaribe, onde os materiais biológicos seguem por terra para a cidade vizinha de Lauro de Freitas.
Segundo as empresas, o percurso por drone economiza cerca de 30 minutos e percorre 8 quilômetros a menos na comparação ao trajeto por veículo terrestre.
“Os testes foram bem-sucedidos. Temos agora que continuar focados e voando, mostrando a eficiência e a segurança deste modal, para continuarmos avançando junto aos órgãos fiscalizadores e eliminando restrições como sobrevoar ruas, residências e pessoas”, diz Cléber Miranda, gerente corporativo de Logística do Grupo Pardini.
De acordo com ele, a parceria também trabalha para aumentar a autonomia das aeronaves e passar a transportar, também, outros tipos de materiais biológicos.
A rota ainda é temporária, mas pode se tornar fixa a depender dos resultados dos voos experimentais e do estudo de viabilidade logística e financeira.
Regras e protocolos de segurança para essa nova atividade também estão sendo definidas ao longo do processo.
Agência reguladora
O projeto tem sido executado há três anos e, atualmente, está em fase de aprovação final pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Nos voos realizados até o momento, conseguimos a redução de até 92,5% no tempo de transporte. Mas nossa expectativa é de reduzir em média 70% no tempo quando utilizado os drones”, diz Miranda.
Agora, Pardini e Speedbird estão na etapa de testes de campo para obtenção do Certificado de Aeronavegabilidade Especial (Caer) para Aeronave Remotamente Pilotada (RPA).
De acordo com a Speedbird, o certificado é necessário para que as aeronaves realizem os chamados voos de drones fora da linha de visada do piloto ou de um observador remoto.
O Caer permitirá voos automatizados e monitorados pelo operador até 120 metros em relação ao nível do solo.
Cada minuto conta
De acordo com o gerente do Grupo Pardini, além da redução no tempo de trajeto, o serviço possibilita aumentar a disponibilidade ou a frequência do transporte.
Ou seja, pode haver redução no tempo que as amostras ficam paradas aguardando o transporte para as unidades produtivas da empresa.
“Isso é extremamente importante para alguns nichos do nosso negócio, como o atendimento hospitalar, onde cada minuto é importante para ajudar os médicos a tomar decisões mais rapidamente, colaborando com a saúde dos pacientes”, finaliza o gerente de logística do Grupo Pardini.
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