Portanto, o engajamento varia muito entre os trabalhadores. Enquanto alguns têm as plataformas como trabalho exclusivo, outros usam como forma de ganhos complementares.

Atualmente, segundo a pesquisa Cebrap, cerca de 1,66 milhão de pessoas no Brasil atuam somente no setor de transporte individual e delivery. Portanto, são 1.274.281 motoristas e 385.742 entregadores.

Destas pessoas, a maioria são homens (97% dos entregadores e 95% dos motoristas). Já a média de idade é de 33 anos (entregadores) e de 39 anos (motoristas), sendo a maior com ensino médio completo (cerca de 60% dos motoristas e entregadores).

Quem são os motoristas de app?

São inúmeras as histórias de quem decide ser motorista de app. Assim como são diversos os motivos que movem as pessoas a escolherem este trabalho.

Débora Bráz era empresária, ficou 5 meses em coma após sofrer um acidente vascular cerebral e ter um aneurisma diagnosticado. Por isso, chegou a perder tudo: empresas, dinheiro, carro e outros bens materiais.

Depois de recuperar a saúde, Débora decidiu recomeçar a vida como motorista de aplicativo pela plataforma da 99. Seus familiares e amigos acompanharam toda a trajetória. “Essa opção que fiz marcou o recomeço da minha vida. Foi realmente um ponto de virada”, afirma.

Por sua vez, Jefferson da Silva Gonçalves é motorista de aplicativo em São Paulo há cinco anos. Além disso, ele hoje é “Amigo Anjo” da 99, um grupo de profissionais que orienta novos motoristas que ingressam na plataforma.

“Eu apadrinho uma média de 50 novos motoristas por mês. É muito bom passar a experiência para a frente, ver que posso ajudar outras pessoas a encontrarem uma forma de sobreviver com dignidade, explicar como utilizar as mais de 50 funcionalidades de segurança antes, durante e depois das viagens e ensinar que o respeito é a palavra-chave na relação entre motorista e passageiro. Para isso temos até o Guia da Comunidade”, disse.

No final de 2022, Jefferson conquistou o prêmio de motorista mais bem avaliado do Brasil. Portanto, acumula dicas que fazem parte do seu dia a dia e compartilha essa experiência com os demais parceiros, inclusive pela internet. “Eu gosto do que faço e de passar para a frente o que aprendi nessa atividade”, afirma.