Ônibus elétricos: frota de São Paulo cresce 70% em 2025

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Frota de ônibus elétricos de São Paulo cresce 70% em 2025, chegando a 789 veículos

Por: Leonardo Godim . Há 1 dia atras
Mobilidade para quê?

Frota de ônibus elétricos de São Paulo cresce 70% em 2025, chegando a 789 veículos

Apesar do aumento, cidade tem na infraestrutura energética um gargalo para avançar na transição da frota para novas tecnologias

2 minutos, 32 segundos de leitura

27/05/2025

onibus eletrico
Elétricos ainda representam menos de 6% da frota de ônibus da cidade, que conta com mais de 13 mil veículos. Foto

O número de ônibus elétricos na cidade de São Paulo passou de 460 em 2024 para 789 em 2025, um aumento de mais de 70% em apenas seis meses. Os dados são da plataforma E-bus Radar, que monitora a eletrificação dos ônibus do transporte público em toda a América Latina. Do total, 588 são ônibus convencionais a bateria e 201 são trólebus, alimentados pela rede aérea de cabos. Com isso, a cidade deixou de emitir 895,36 quilotoneladas de CO2 equivalente, segundo estimativas da plataforma.

Leia também: Operadoras de ônibus elétricos de SP acusam Enel de não ligar carregadores nas garagens; entenda

Apesar do crescimento expressivo, os elétricos representam menos de 6% da frota de ônibus da cidade. São, ao todo, mais de 13 mil veículos, transportando diariamente cerca de 2,5 milhões de passageiros.

A capital paulista tem a maior frota elétrica do País. Mas ainda está muito atrás de outras cidades latino-americanas como Santiago do Chile que, sozinha, movimenta 2.550 ônibus elétricos. Todas as cidades brasileiras contabilizadas na plataforma têm, juntas, 1.059 veículos.

Desafios da transição para ônibus elétricos

A região da América Latina como um todo têm 6.747 veículos desse tipo. Os destaques, nesse sentido, são as cidades de Santiago (2.550), Bogotá (1.486), São Paulo (789), Cidade do México (629) e Montevideo (122).

Apesar do crescimento em SP, um dos maiores desafios da transição da frota para veículos sem combustíveis fósseis segue sendo a capacidade da infraestrutura energética da cidade. É o que mostra o estudo “Implantação de ônibus elétricos na cidade de São Paulo”, que cita, nesse sentido, que onde a infraestrutura elétrica instalada pela concessionária de energia é limitada, a recarga integrada é mais recomendada.

Na integrada, em oposição à noturna, há diferentes pontos de recarga que podem ser usados ao longo do dia. Inclusive, nos intervalos entre as saídas dos ônibus. Em contrapartida, na recarga noturna é necessária uma potência maior, ainda que por tempo limitado.

Recomendações para outras cidades

A publicação, produzida com apoio técnico do ICCT Brasil e C40, reúne experiências e, além disso, aprendizados da capital paulista na adoção de ônibus elétricos. Ela busca, dessa forma, orientar outras cidades interessadas em avançar na eletrificação da frota de ônibus.

Entre os principais destaques do documento estão o modelo de subvenção parcial adotado pelo município. Ele já garantiu uma economia estimada de R$ 4,8 bilhões aos cofres públicos em 12 anos. Além disso, são ressaltados os resultados do projeto-piloto, que em 2018 começou a testar veículos elétricos da BYD. Nele, ficou demonstrada uma eficiência energética até quatro vezes maior que os modelos a diesel.

Por fim, o estudo destaca o papel positivo da meta estabelecida na Lei Municipal do Clima (Lei nº 14.933/2009), atualizada pela Lei nº 18.225, de 15 de janeiro de 2025. Ela define o objetivo de zerar as emissões de CO2 até 2038.

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