Chamado de Air-Tech 5, o airbag para motociclistas da Alpinestars é totalmente autônomo e independente da moto, ou seja, não há nenhum cabo ligado à motocicleta. O airbag em forma de colete pode ser usado por baixo de qualquer jaqueta projetada para andar de moto. A única exigência é que tenha, ao menos, 4 centímetros de folga ao redor do corpo para que, no caso de um acidente, haja espaço para o airbag inflar.

O Tech-Air 5 conta com uma central eletrônica que funciona como o cérebro do airbag, onde estão os algoritmos, que aliados à inteligência artificial, detectam uma colisão, ou uma queda. Seis sensores (três acelerômetros e três giroscópios) monitoram em tempo real dados como a velocidade, aceleração e posição do piloto, entre outros. Uma central eletrônica recebe e processa os dados. Com base nos algoritmos, aciona dois reservatórios que liberam gás argônio e inflam as bolsas do airbag em caso de acidente.

Segundo a Alpinestars, o airbag leva 40 milissegundos para inflar totalmente. O colete protege as costas, ombros, tórax, cervical e costelas e o também possui um protetor de coluna que, em conjunto com o sistema de airbag, reduz a força do impacto em um acidente em até 95%. Inflado, o airbag oferece proteção o equivalente a 18 protetores de coluna convencionais.

2 – Botas com exoesqueleto

Outro lançamento bastante recente, que tem se popularizado desde 2021, são os suportes exoesqueléticos em todos os tipos de botas. Ao colocar uma armação endurecida ao redor da bota, com uma dobradiça que permite que o tornozelo se mova o suficiente para realizar frenagens e mudanças de marcha, essas botas visam evitar quebras de tíbia/fíbula e/ou lesões rotacionais.

Antes disponível apenas nas sofisticadas botas racing para uso esportivo, agora já existem botas de quase qualquer tipo com uma estrutura de suporte exoesqueletal para aumentar a segurança de quem anda de moto. Eles estão rapidamente se tornando populares nos mercados de botas aventureiras e de motocross, enquanto também existem alguns mais sutis para os mercados neo-retro e cruiser.

3 – Capacete com brake-light

Em muitos acidentes envolvendo carros e motos, o motorista alega não ter visto o motociclista. Com o objetivo de reduzir esse tipo de sinistro e aumentar a segurança de quem anda de moto, a fabricante francesa Shark lançou o primeiro capacete do mundo com luzes de freio integradas.

O Shark Skwal i3 tem um brake-light na parte traseira que se acende automaticamente quando o motociclista aciona os freios. Juntamente com as luzes de freio na parte de trás, o capacete ainda traz LEDs na parte frontal para tornar os motociclistas mais visíveis, principalmente, durante à noite.

Uma bateria recarregável alimenta as luzes, enquanto um acelerômetro de três eixos, semelhante ao usado nos smartphones, controla seu funcionamento. Este sensor detecta quando a moto está desacelerando, seja freando ou reduzindo a velocidade, e acende o brake-light do capacete. Dessa forma, o motociclista não precisa conectar o sistema de iluminação da moto com fios ou por Bluetooth ao capacete.

Em uma frenagem normal, as luzes piscam três vezes por segundo. Se você fizer uma frenagem de emergência, o brake-light piscará cinco vezes por segundo. A ideia é que as luzes de freio do capacete funcionem como o brake-light dos carros. O sistema de iluminação do capacete tem uma entrada USB para recarregá-lo. Uma carga completa dura cerca de 12 horas de pilotagem.

A Shark apresentou o Skwal i3, o capacete com brake-light, para o mercado europeu neste mês. Por enquanto, o capacete está disponível apenas na Europa, com preço sugerido de 320 euros (cerca de R$ 1.700).

4 – Mochila com airbag

A empresa italiana Motoairbag acaba de lançar um novo e prático airbag para proteger os motociclistas. Chamado de City Airbag o dispositivo é, na verdade, uma mochila com um airbag embutido.

A ideia por trás do City Airbag é oferecer mais segurança e proteção aos motociclistas que pilotam no dia a dia e consideram os airbags disponíveis no mercado desconfortáveis e pouco práticos. Afinal, muitos alegam que com os airbags tradicionais não é possível carregar uma mochila, item indispensável para quem anda de moto.

A novidade é praticamente uma mochila normal, com compartimento para transportar um laptop de até 17 polegadas, livros e outros pequenos objetos. A diferença é que tem um dispositivo de airbag embutido. Na parte de trás da mochila, há, de fato, um airbag ativado mecanicamente. Seu saco com capacidade de 15 litros infla em caso de necessidade em 80 milissegundos, segundo a empresa.

A ativação ocorre por meio do sistema Fastlock, uma patente da Motoairbag, que reconhece uma queda ou acidente. O sistema conta com um cordão que deve ser sempre preso à motocicleta ou à scooter. A mochila tem alças de ombro e duas faixas frontais ajustáveis com fechamento de clipe. Entretanto, as alças e o fecho frontal devem ser ajustadas de de tal forma que a mochila fique bem justa à à parte superior do corpo do motociclista.

O dispositivo de airbag tem certificação Nível 2, o máximo de acordo com as normas europeias. Quando inflado protege as costas, a região cervical e o cóccix. Caso seja ativado, o City Airbag pode ser recarregado pelo próprio usuário. À venda, por enquanto, apenas na Europa, a mochila com airbag custa 429 euros (cerca de R$ 2.400).

5 – Mousse para pneus de moto

Além de significar o fim do passeio de moto, ter o pneu furado pode ser perigoso. Um furo no pneu dianteiro, por exemplo, pode causar perda de controle da moto e até uma queda.

Pensando nisso, a empresa italiana Risemousse desenvolveu um mousse para motos de rua que promete aumentar a segurança de quem anda de moto. Muito usado em motos de rali, o mousse é uma espécie de borracha expandida, que tem a forma do pneu e é instalada no lugar da câmara de ar. Ele preenche quase todo o espaço normalmente ocupado pelo ar.

Chamada de B-Sure, a mousse para motos de rua da Risemousse tem o formato da câmara de ar. Também inclui um sistema de monitoramento da pressão dos pneus que se conecta por Wi-fi a um pequeno painel, instalado no guidão da moto.

O mousse preenche a maior parte do espaço onde normalmente ficaria o ar em um pneu convencional. Uma fina camada de ar fica entre a mousse e o pneu – mostrada nas fotos acima como uma espuma azul. Se o pneu furar, essa pequena quantidade de ar escapa e sistema de monitoramento alerta o motociclista. Da mesma forma que os pneus run-flat, encontrados na indústria automotiva, o sistema de mousse permite que o motociclista continue a pilotar. Contudo, em uma velocidade reduzida, apenas para chegar a um local de reparo.

Vendido na Europa, desde o ano passado, o sistema B-Sure está disponível em diversas medidas para motos aventureiras e urbanas. Os preços variam de 60 a 110 euros (R$ 317 a R$ 580) por mousse. Já para motos bigtrail, os valores de cada mousse vão de 150 euros a 180 euros (R$ 800 a R$ 950).