Pensar em mobilidade urbana mais sustentável é algo que tem sido muito discutido, principalmente em grandes conferências globais para redução do impacto das mudanças climáticas. Em cidades grandes em que as pessoas costumam morar muito distantes do seu local de trabalho, é essencial oferecer um sistema de transporte público acessível e que, ao mesmo tempo, tenha impactos positivos no meio ambiente e na qualidade de vida da população.
Esse é o caso do metrô. Além de rápido por não precisar ficar parado em congestionamentos, com horário de funcionamento do metrô até o início da madrugada, o modal também é sustentável. Isso porque é movido a energia elétrica, limpa e renovável, e não por combustíveis fósseis, cuja queima emite gases causadores do efeito estufa e aquecimento global, principalmente o CO2 (gás carbono).
Apesar disso, somente 12 capitais brasileiras possuem metrô até o momento. Uma das justificativas para o Brasil ser pobre em metrovias é que o meio de transporte requer grandes investimentos e, em alguns locais, a revitalização ou mudança de infraestrutura. Outras explicações estão ligadas à administração dos recursos públicos.
Entenda quais são as principais vantagens do metrô para a mobilidade urbana sustentável:
O metrô circula dentro da cidade, principalmente em regiões mais densas. Como essa localização costuma não ter muito espaço para construção de estações na superfície, grande parte da malha metroviária é subterrânea ou em pontes acima do solo. Nas grandes cidades, contar com um transporte que não precisa se locomover nas vias é evitar mais congestionamentos. Soma-se a isso o fato de que o acesso mais fácil ao metrô incentiva o uso do transporte coletivo em detrimento do individual motorizado e aumenta a qualidade de vida das pessoas, que passam a gastar menos tempo nos deslocamentos e mais em outras atividades importantes para sua saúde física e mental, como em lazer e descanso.
Por ser um meio de transporte de massa, o metrô limita a emissão de gases poluentes por passageiro conduzido em comparação ao automóvel particular, por exemplo. Isso faz com que esse meio de transporte contribua diretamente para a proteção e preservação ambiental. Faz bem para o pulmão, mas também para os ouvidos, já que menos veículos motorizados transitando nos espaços urbanos significa menos barulho.
No final das contas, quanto mais pessoas utilizarem o metrô em substituição aos veículos a combustão, menor será a quantidade desses veículos transitando pela cidade assim como menor o impacto no meio ambiente e mais qualidade de vida para quem mora ou frequenta os grandes centros urbanos.
Por circular nos grandes centros, o metrô integrado a outros modais torna os trajetos mais rápidos e também mais sustentáveis. Pessoas de todas as partes da cidade podem fazer metade do seu caminho em curto espaço de tempo e ainda baldeação nas proximidades da estação para meios de transporte coletivos que o levarão a seu destino final.
Além de ônibus e trens para diversos cantos da cidade, também é possível disponibilizar pontos de bicicleta compartilhada integrados à malha metroviária. Sem contar que o horário de funcionamento do metrô costuma ser até o início da madrugada, como é o caso do de São Paulo, em que as estações ficam abertas ao público até meia-noite. Esse acesso facilitado estimula o uso do transporte coletivo em detrimento do transporte individual motorizado.