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Mobilidade urbana pós-pandemia: prognósticos e desafios

Por: . 15/01/2022
Mobilidade para quê?

Mobilidade urbana pós-pandemia: prognósticos e desafios

A palavra de ordem para todos os segmentos é reinvenção e não é diferente para nosso setor

3 minutos, 12 segundos de leitura

15/01/2022

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Foto: Getty Images

Um novo panorama já se apresenta para a sociedade em um momento pós-pandemia. Após quase dois anos de dúvidas, mudanças constantes e adaptações, o futuro que vislumbramos atualmente é ainda mais volátil do que aquele que nos deparamos em março de 2020.

Ao mesmo tempo que enxergamos a retomada à frente, enfrentamos algumas incertezas. Se mudamos como pessoas e como sociedade, o nosso entorno também deve se alterar e isso se reflete em todos os aspectos da vida em sociedade.

Neste momento, é difícil prever o cenário da mobilidade urbana porque não há respostas sobre a continuidade de algumas mudanças de comportamento observadas durante o período de pandemia. A crise, olhando apenas do ponto de vista econômico, deixou e ainda vai deixar grandes marcas na nossa sociedade.

Podemos observar algumas tendências, ao menos de curto e médio prazo: o trabalho dito híbrido, conciliando a presença nos escritórios, que eu computo como fundamental para construção de colaboração, cultura organizacional e resultados, com o ambiente remoto ou virtual, que é uma realidade e ajuda na produtividade. No entanto, muitos trabalhadores das indústrias e serviços não têm essa opção.

Os shoppings se mostraram muito resilientes na retomada. Notou-se um aumento de fluxo de consumidores no último mês de dezembro, motivados pelo Natal, mas também para a utilização dos empreendimentos com outras finalidades, como áreas de lazer e restaurantes. Dados da ABRASCE, entidade que reune os principais shoppings do país, mostram uma queda na vacância de lojas, aumento do ticket médio de venda e ampliação das áreas de alimentação e entretenimento.

Ainda se nota tendência do uso de modais de transporte individuais, seja com veículos particulares ou outros meios de locomoção. Os preços dos combustíveis são um fator crítico nesse momento.

Em grandes centros mundo afora, os estacionamentos já atuam sob um novo conceito, próximos a estações de transporte público, funcionando não só como local para guarda de automóveis, mas como um hub de deslocamento individual e coletivo. A palavra de ordem para todos os segmentos é reinvenção e não é diferente para nosso setor.

Os investimentos em automação, digitalização e gestão remota também estão sendo intensificados. Pagamentos a distância, atendimento por meio de reservas e administração remota, além de novas ofertas de serviços, garantem que clientes e colaboradores tenham mais segurança no dia a dia. Nesse sentido, a pandemia está acelerando um cenário que já era fundamental na otimização e modernização das operações.

Outro aspecto importante, os dados, mais do que nunca são fundamentais nessa equação. As análises dos fluxos de entrada e saída trazem informações cruciais para os negócios, gerando insights valiosos para o negócio. Já temos soluções em nossos estacionamentos que geram informações importantes para encontrar os melhores momentos para interação com os clientes, entendendo melhor o perfil do público, auxiliando na elaboração de planos de marketing e ativações que atraiam ainda mais os consumidores.

Como em todos os setores, a tecnologia é indispensável e indissociável de qualquer negócio e inovar é imperativo. Precisamos estar presentes e conectados com as operações em que atuamos: Shoppings, Hospitais, Universidades, Edifícios Comerciais, as Áreas de Estacionamento Rotativo das cidades.

Quando pensamos no futuro da mobilidade fica claro que o setor demanda mudanças e que os modelos que eram aplicados antes da pandemia serão rapidamente superados. Criatividade é o ingrediente que garantirá a longo prazo que o setor consiga estar na dianteira destas discussões e trazer soluções importantes e úteis para a sociedade.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão

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