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Motoristas gêmeos

Por: . 10/11/2021
Mobilidade para quê?

Motoristas gêmeos

Inseparáveis no trabalho e na vida, irmãos se inspiraram na mãe para escolher a profissão

2 minutos, 37 segundos de leitura

10/11/2021

motoristas irmãos gêmeos
Demerson (à esq.) e Duardson (à dir.) trabalham, há 11 anos, na BR Mobilidade de São Vicente (SP). Foto: Divulgação EMTU

Os poucos funcionários da BR Mobilidade de São Vicente (SP) que não conhecem os “motoristas gêmeos’, como são chamados pelos demais, costumam confundi-los. “Não bastava sermos idênticos, motoristas na mesma empresa e usarmos o mesmo uniforme, ainda trabalhamos na mesma linha”, diz Demerson Diego Paulino da Silva, 34 anos, que atua, há 11 anos, na empresa, gerenciada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
Ele conta que, atualmente, opera a linha especial de funcionários na madrugada, transportando os profissionais da empresa que terminaram o turno da noite e levando à garagem os que vão iniciar no período da manhã. Depois, Demerson ainda completa algumas viagens na linha 936 (Cubatão–Santos), enquanto seu irmão, Duardson Matteus Paulino da Silva, que também transporta os funcionários, opera a linha 900 (São Vicente–Santos).

“Às vezes, fazemos linhas com itinerário semelhante e tem passageiro que pega uma viagem com cada um de nós, e ficam sem entender. Falam: ‘Ué, você aqui de novo?’ São situações engraçadas, mas a gente gosta”, diverte-se Demerson.

Como tudo começou

A família sempre trabalhou com transporte, e a “dona” Márcia Paulino da Silva, mãe dos gêmeos, era motorista de micro-ônibus. “Hoje, ela está com 67 anos, já se aposentou, mas foi pioneira na profissão e uma inspiração para nós dois”, conta Demerson. O primeiro a entrar na BR Mobilidade, há 11 anos, foi Duardson. Seu irmão chegou dois meses depois. Durante as fases mais restritivas da pandemia, eles seguiram trabalhando.

“Nesse período, ficou claro como nossa atividade é importante e como o transporte é um serviço essencial. Só parei quando peguei covid-19. Mas, felizmente, não tive sintomas graves nem fui internado. Fiquei afastado por 20 dias, depois retornei”, completa Duardson, dizendo que foi o único da família e da sua casa a contrair o vírus.

A paixão pela profissão, que começou com a mãe e passou aos filhos, acabou inspirando a mulher de Duardson, Luciana Alves Gerônimo, 41 anos. Também funcionária na BR Mobilidade, em que trabalha há dez anos, ela conta que passou por diversas áreas internas da empresa, como operação e ouvidoria. “Mas sempre quis ser motorista, era meu sonho. Há quatro anos, eu consegui. Adoro minha profissão”, diz Luciana.

“Minha esposa já gostava de dirigir e começou a admirar ainda mais a profissão após nos conhecermos. Ela fez os cursos necessários e, hoje, compartilha esse mesmo amor. Ela dirige superbem e já foi premiada na empresa”, elogia Duardson.

Ele e o irmão são tão unidos que as pessoas até fazem brincadeiras. “Elas sempre perguntam: ‘Vocês não se desgrudam nunca?’ Nos encontramos várias vezes, todos os dias, nas paradas do caminho, na garagem principal ou no meio do trajeto. Também moramos perto e até saímos de férias juntos”, afirma Duardson. “Eu gosto muito do meu trabalho e do contato com meus colegas. É um privilégio trabalhar com o que faz bem pra gente”, completa Demerson.

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