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Parque da Mobilidade Urbana discute segurança no trânsito

Por: Daniela Saragiotto . 23/06/2023

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Mobilidade para quê?

Parque da Mobilidade Urbana discute segurança no trânsito

Especialistas destacam a importância do envolvimento de todos os atores da sociedade para a melhoria do trânsito no País

3 minutos, 39 segundos de leitura

23/06/2023

Por: Daniela Saragiotto

Palestrantes do Parque da Mobilidade Urbana 2023_Trilha segurança
Participantes do painel sobre segurança na segunda edição do maior evento de mobilidade do Brasil. Foto: Divulgação Parque da Mobilidade Urbana

No dia de abertura do Parque da Mobilidade Urbana (PMU), em 22/06, evento que neste ano foi realizado no Pavilhão do Pacaembu, na capital paulista, segurança viária teve um destaque importante em painel que reuniu diversos especialistas no assunto.

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“Diariamente, morrem em torno de 120 pessoas, o que equivale a um desastre de aéreo. Tenho certeza que se caísse um avião por dia, no terceiro dia as autoridades fariam algo. Mas como se trata de ocorrências de transito, elas são normalizadas e tratadas como se não fosse possível evitá-las”, diz Sergio Avelleda, especialista em mobilidade e sócio-fundador da Urucuia Inteligência em Mobilidade Urbana e moderador do painel.

A importância do envolvimento de diversos públicos envolvidos no desafio para a melhoria do trânsito foi reforçada pelos palestrantes. “Nos posicionamos como representantes da sociedade brasileira e costumo dizer que somos geradores de conhecimento. E fazemos isso com apoio da nossa grande rede de mantenedores, fazendo a entrega para as pessoas por meio de estudos e pesquisas e, por outro lado, pelo advocacy, sensibilizando o governo na construção de políticas públicas sobre o tema”, diz Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), responsável pela realização do Maio Amarelo, movimento social pela segurança que em 2023 completou 10 anos de existência.

Com a experiência e o conhecimento de políticas públicas de quem trabalhou 47 anos na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Nancy Schneider, arquiteta urbanista e especialista em segurança no trânsito também repercutiu o tema no painel.

“Acredito em quatro frentes trabalhando juntas: um banco de dados robsto, envolvimento, prioridade e, como quarto fator, garantir que o órgão de trânsito seja o gestor desse trabalho, para que haja uma transformação efetiva da realidade da segurança viária no Brasil”, disse. Ela reforçou, também, o papel da fiscalização, priorizando os principais enquadramentos que irão agir na mudança de comportamento das pessoas.

Valtair Ferreira Valadão, diretor adjunto de planejamento e projetos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), falou dos muitos desafios que o órgão enfrenta. Entre eles, destacou duas: as metas 39 do órgão (reduzir o índice de mortes no trânsito) e a 48 (implementar 50 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus) na capital paulista. De acordo com ele, em relação às faixas, em 2022 foram implantados 18,3 km e, para 2023, a previsão é de mais 29,3 km para 2023.

Boa prática

Saulo Santiago de Oliveira, coordenador do núcleo de Segurança Viária – Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza (CE), destacou a importância da implementação dos Sistemas Seguros, metodologia desenvolvida na Suécia, como fundamental para a redução das mortes que a capital do Ceará vem obtendo há 8 anos consecutivos.

De maneira geral, houve redução de 58% das mortes no trânsito em oito anos, com mais de 1 mil vidas poupadas no período, como resultado das ações implementadas. “Diversas iniciativas colaboraram para esses números, como a melhoria da capacidade técnica por meio de consultores nacionais e internacionais. boas práticas internacionais adaptadas para nossa realidade local, dados e estatisticas, comunicação com a sociedade e aplicação de projetos pilotos”, afirma Oliveira.

Setor Privado

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores e Bicicletas (Abraciclo) também esteve representada, apresentando as iniciativas para mudar um verdadeiro drama nacional que se materializa nas mortes e acidentes com sequelas principalmente de motociclistas, as maiores vítimas do trânsito brasileiro, “Temos um comitê se segurança na Abraciclo e temos participação em diversas iniciativas”, disse Wilson Yasuda, consultor de segurança viária da Abraciclo.

Entre elas, ele cita o apoio à CET na implementação da Faixa Azul, que não registrou nenhuma morte desde sua implementação, a atuação da associação na Frente Segura, que consiste no posicionamento da motocicleta no espaço à frente dos veículos, além de apoio à ampliação da estrutura cicloviária no caso dos ciclistas. De acordo com Yasuda, a meta é reduzir em 50% o número de acidentes no trânsito em 10 anos.

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