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Experiências com novos modais e interatividade atraem o público

Por: Fellipe Gualberto, especial para o Mobilidade . Há 8 dias

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Mobilidade para quê?

Experiências com novos modais e interatividade atraem o público

Evento contou com passeios de carro elétrico e outras atrações; saiba mais

6 minutos, 41 segundos de leitura

14/06/2024

Por: Fellipe Gualberto, especial para o Mobilidade

simulador dirigir trem
Visitantes puderam experimentar como é dirigir trens, andar de patinete elétrico e várias outros modais. Fotos: Rogério Cassimiro

A terceira edição do Parque da Mobilidade Urbana, realizada em São Paulo nesta quinta e sexta feira (13 e 14 de junho), contou com atrações interativas que divertiram o público durante os dois dias do evento. Além de debater sobre o futuro da mobilidade urbana no País, o encontro permitiu momentos de descontração e novas experiências para os participantes. Confira, a seguir, algumas dessas iniciativas.

Leia também: Inteligência artificial na mobilidade: você pode não saber, mas ela já está sendo usada

‘Gostei de dirigir um carro elétrico’

Hélio Silva, de 42 anos, trabalha no SETPESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de São Paulo), ele testou um carro elétrico pela primeira vez no Parque Mobilidade Urbana. “Já tinha curiosidade. Falamos tanto da questão da eletrificação, mas eu ainda não tinha tido a oportunidade de dirigir um carro elétrico. Hoje, aproveitei a folga das palestras para fazer um teste e gostei.”

Comparando com carros combustão, Silva diz que sentiu “falta da trepidação e barulho do motor”. Ele afirma que já havia andado de ônibus elétrico anteriormente, mas nunca tinha dirigido um veículo pessoal movido a energia. Gostou da experiência.

‘O patinete elétrico é mais seguro do que eu imaginava’

A Whoosh é uma empresa russa de patinetes elétricos que desembarcou no Brasil há um ano. Atualmente, a companhia opera nas cidades de Porto Alegre e Florianópolis. Os veículos são alugados por um aplicativo e devem ser retirados e devolvidos em pontos de estacionamento, a cobrança é de R$ 0,80 por minuto mais a taxa de retirada de R$ 2,00.

Heloísa Escudeiro, de 34 anos, já tinha usado patinetes normais antes, mas nunca havia andado em uma versão elétrica do veículo. Comparando as duas versões, ela afirma que “o elétrico é bem mais estável e tem a plataforma mais larga”. Ela comenta também que o transporte é “bem intuitivo e mais seguro do que eu imaginava”.

Sobre o uso de patinetes elétricos como meio de transporte nas cidades, Heloisa, que é arquiteta e urbanista e tem mestrado em Planejamento Urbano, diz que “é interessante e deve ser avaliado o quanto isso funciona em escala. Tem que testar, é uma coisa nova, a gente testa”.

‘Oportunidade para sentir-se como um maquinista de trem’

A CPTM também marcou presença no Parque Mobilidade Urbana com um simulador de condução de trem. Carlos Pedrosa, de 19 anos, é aluno aprendiz de maquinista da CPTM e em seu dia a dia usa simuladores idênticos a esse para aprender a conduzir o modal. “Tem muitas funções no simulador que são bem próximas da realidade. É possível simular várias condições adversas que os maquinistas realmente enfrentam”, afirma.

O jovem conta que a presença do simulador no evento é “uma ótima oportunidade para os entusiastas de ferrovias e transportes de passageiro terem a experiência de operar um trem e sentirem um pouco de como é o dia a dia dos maquinistas”.

‘Após dirigir no simulador, deu vontade de pilotar uma moto de verdade’

Taís Vieira colidiu a moto enquanto dirigia no simulador do iFood. A administradora conta que “nesse momento fiquei com medo e pensei bastante sobre a vida real, como temos responsabilidade de dirigir para nós mesmos e para os outros”.

“Tenho habilitação de moto, mas tenho um pouco de receio de dirigir. A experiência é totalmente diferente”, comenta Tais. Ela argumenta que o simulador lhe dá mais confiança já que não há o risco de se machucar. “Eu particularmente tenho um receio fazer curvas, mas aqui a sensação é outra. Depois de dirigir no simulador tenho vontade de sair daqui e pegar uma moto de verdade”.

A experiência que era uma parceira entre a ProSimulador e o iFood tinha como objetivo conscientizar sobre a pilotagem segura. Cristovan Moreira, responsável pelo painel, diz que o simulador é igual aos que eram utilizados em autoescolas, com a diferença de estar mais focado no meio urbano.

‘Gosto conhecer novos veículos que estão entrando no mercado’

Bruno Cassorla trabalha na Pacaembu Autopeças, o jovem teve interesse no triciclo elétrico da Cicloway, ele conta que “o que me atraiu foi justamente conhecer os novos veículos que estão entrando no mercado e quais são as novas propostas de eficiência energética”. A empresa produz motos que tem autonomia de até 160 km e podem alcançar 45 km/h.

A Cicloway também produz patinetes e bicicletas elétricas, focando sempre em micromobilidade urbana para pessoas e transporte de cargas. No Espírito Santo a companhia firmou uma parceria com o Uber e fazia viagens com turistas pela orla usando um veículo de seis lugares por dois anos, em Fortaleza 31 veículos da empresa entregam medicamentos para a prefeitura na casa de moradores.

“Acho muito legal essa iniciativa que tanto os governos quanto a sociedade estão tomando para buscar uma maior sustentabilidade no transporte”, diz Bruno. Ele trabalha em uma empresa de soluções em eficiência energética e por isso tem interesse no tema.

Rádio-ônibus: ‘A vida não me levou para o caminho do transporte’

Carlos Henrique, de 44 anos, é o criador da Rádio Ônibus. “Sou locutor de rádio há 17 anos e juntei esse trabalho com a minha paixão por ônibus”, ele conta que desde criança usava caixas de sapato ou de pasta de dente para fazer miniaturas desse veículo.

“A vida não me levou para o caminho do transporte, eu queria ser motorista, mas me tornei radialista e há 10 anos montei a Rádio Ônibus para falar sobre esse setor e defendê-lo”. De acordo com Carlos Henrique, o estúdio se move e viaja cobrindo eventos de transporte em toda a cidade.

A Rádio Ônibus está disponível em seu site e no YouTube, plataforma em que possui 20 milhões de acessos e 137 mil inscritos. Os programas são diários e trazem notícias do Brasil e do mundo, novidades sobre tratores e caminhões e também entretenimento.

Universidade do Carro Elétrico. ‘Há um universo gigante de cursos na área. Mecânicos precisam fazer’

Paulo Ricardo da Silva é especialista em mobilidade elétrica e trabalha com capacitação de profissionais, ele quis conhecer a Universidade do Carro Elétrico (UCE), empresa que oferece cursos na área. Na opinião dele “há um universo gigante de cursos na área, mecânicos com certeza precisam fazer, mas consumidores, porteiros, síndicos e eletricistas também vão precisar”.

Martin Sibilla, fundador da empresa, enfatiza que o propósito é atender uma área que ainda não possui oferta. “Passamos os conceitos básicos de como funcionam os veículos elétricos e componentes para mecânicos, socorristas, reparadores e forças de segurança”, ele esclarece.

Desde 2018 a UCE fornece cursos presenciais e esse ano passou a ter aulas no formato híbrido. Os encontros para aprender mais sobre carros elétricos ocorrem em São Caetano, Sorocaba e em empresas que firmem parceria.

‘Ônibus elétrico foi totalmente desenvolvido no Brasil com componentes brasileiros’

O Parque da Mobilidade Urbana também contou com um ônibus elétrico da Marcopolo exposto. Rodrigo da Costa, engenheiro de desenvolvimento de elétrica da Marcopolo, enfatiza que o automóvel “foi desenvolvido no Brasil com componentes brasileiros”. De acordo com o engenheiro: “A Marcopolo é 100% brasileira, temos nossa sede em Caxias do Sul e uma filial em São Paulo, onde fazemos os chassis”.

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O veículo pode carregar até 80 pessoas. Atualmente, 20 ônibus da companhia rodam pelo País, sendo que 10 estão em São Paulo e outros 10 em Porto Alegre. Em quatro horas o ônibus pode carregar a sua bateria, com carga máxima o veículo percorre até 250 km.

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