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Pesquisa mostra impacto da 99 na economia do País
Estudo da Fipe mostrou que, em 2019, o aplicativo de transporte impactou a economia em mais de R$ 12 bilhões
1 minuto, 54 segundos de leitura
29/02/2020
Uma pesquisa encomendada pela startup 99 mostrou como o transporte por aplicativo impactou a economia brasileira em 2019. O estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indicou que a empresa foi responsável por fazer R$ 12,2 bilhões girarem no País. Esse valor corresponde a 0,18% do Produto Interno Bruto (PIB), que, segundo a Fipe, é equivalente ao índice de setores como educação privada e telecomunicações.
Para chegar a tais números, foram analisados não apenas o valor gerado pelas corridas em si mas também o valor investido pelos motoristas para poder rodar pelo aplicativo e a forma como eles gastaram o dinheiro recebido na plataforma de transporte.
O levantamento usou fontes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados fornecidos pela própria 99. Além do dinheiro girando na economia, a pesquisa mostrou que o valor em impostos recolhidos também foi grande, estimado em mais de R$ 1 bilhão. Nesse montante, entram Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros comprados pelos motoristas, Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS). Vale lembrar que foi analisado o impacto econômico apenas da 99.
Em entrevista ao Estadão, o gerente de políticas públicas da empresa de transporte por aplicativo, Miguel Jacob, explicou que a intenção da pesquisa foi mostrar como o setor tem relação com outros polos da economia e tangibilizar seu impacto em debates públicos.
Empresa em ascensão
Fundada em 2012, a 99 se tornou o primeiro unicórnio brasileiro (empresa com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão) após ser vendida para a chinesa Didi Chuxing, em 2018. Segundo a companhia, hoje ela conta com mais de 600 mil motoristas e mais de 18 milhões de usuários.
O estudo mostrou que as corridas geradas no aplicativo também beneficiam estados diferentes daqueles em que as corridas ocorrem. Fernando Perobelli, pesquisador da Fipe, explica que um carro que usa gasolina em São Paulo impacta a economia do Rio de Janeiro, e o mesmo vale para um veículo que roda com etanol no Rio e impacta a economia de São Paulo. Só na capital paulista, a empresa adicionou R$ 2,4 bilhões ao PIB.
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