Petar: viagem de aventura sem perrengue
Um passeio pelo sul do Estado de São Paulo pode ser a receita ideal para casais ou turmas de amigos aproveitarem as férias de verão. Mas, para viver experiências sem atropelos, é bom caprichar no planejamento
5 minutos, 38 segundos de leitura
06/12/2023
Por: Sonia Penteado
Sempre é tempo de sair da rotina e do estresse das cidades grandes e ir ao encontro da natureza, relaxar o corpo e a mente. Nas férias, então, isso é quase obrigatório. Para turmas de amigos ou casais que gostam de aventuras, explorar cavernas, rios e caminhos quase intocados pelo homem é uma das maneiras mais eficientes de se reenergizar e ao mesmo tempo descansar. Uma das melhores opções no País é o Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira, o Petar, a 350 quilômetros da capital paulista e repleto de atividades de ecoturismo (veja abaixo).
Para que passeios como esse não virem uma dor de cabeça, vale planejar tudo com antecedência e tomar alguns cuidados na estrada. A seguir, elencamos algumas dicas para tornar a viagem de férias uma experiência sem perrengues desnecessários. Confira:
Planejamento antes de pegar estrada
Por incrível que pareça, uma viagem de aventura também precisa de muito planejamento. O primeiro deles é definir o orçamento e o objetivo. Isso permite escolher os destinos pela distância e pelo tipo de transporte, calculando combustível, pedágios, acomodações mais adequadas, alimentação e, ainda, equipamentos necessários para aproveitar a viagem.
A seguir, é hora de montar o roteiro. Faça um check list anotando quais opções de estrada você possui, quantas paradas serão necessárias, quantos pedágios e qual o valor deles, se existem postos de combustível em todo trajeto ou onde é melhor abastecer.
Para viagens acima de 250 quilômetros, recomenda-se uma parada mais longa para almoçar e descansar. Ou mesmo começar a aventura na estrada, pegando rotas alternativas ou estradas vicinais que garantam paisagens diferenciadas.
Revisão do carro
“Para chegar ao Petar é possível percorrer um trajeto de cerca de 70 quilômetros entre as cidades de Eldorado e Iporanga, ambas em São Paulo, margeando o Rio Ribeira do Iguape, o maior do Estado. O rio, que deságua no Oceano Atlântico, praticamente não possui nenhuma intervenção humana no seu curso”, conta Nelson Calil, biólogo e ambientalista em Iporanga, cidade que abriga boa parte das agências de passeios para o parque estadual.
Para encarar aventuras como essa, o cuidado inclui verificar as condições gerais do carro antes de pegar a estrada. Aí, a revisão mecânica é essencial. Afinal, um problema de fácil solução na cidade pode virar um grande transtorno numa estrada mais erma.
Os itens essenciais para checagem e manutenção são freio, pneus, alinhamento e balanceamento, fluidos do freio, água do radiador, óleo e sistema elétrico. Além disso, é sempre recomendável verificar itens de segurança como estepe, extintor, ferramentas e triângulo.
Nunca é demais lembrar que seguro do carro em dia e, quem sabe?, um seguro de viagem podem dar bem mais tranquilidade caso qualquer imprevisto ocorra.
“Para chegar ao Petar é possível percorrer um trajeto de cerca de 70 km entre as cidades de Eldorado e Iporanga, ambas em São Paulo, margeando o Rio Ribeira do Iguape, o maior do Estado.”
Nelson Calil, biólogo e ambientalista em Iporanga
O que levar nas malas
Calma, o planejamento da viagem está quase lá. Agora, vem a parte mais divertida. Uma viagem de aventuras exige economia nas malas, certo? Então, só o que for fundamental deve estar na sua bagagem. Especial atenção aos sapatos para trekking e roupas fáceis de secar – com mais de 300 cavernas, a região do Petar é rica em cachoeiras e trilhas em riachos.
Não esqueça também os carregadores dos eletrônicos e, como em locais de ecoturismo a disponibilidade de tomadas é mais escassa, vale levar também um carregador externo de celular.
Último item essencial de sua bagagem é a documentação. Além dos documentos de identidade e do carro, não se esqueça dos cartões de banco e seguradoras, e, caso queira ser bem prevenido, faça uma listinha de telefones úteis em caso de emergência.
Agora, é só pegar a estrada, respeitar as regras de velocidade de cada via, não esquecer as garrafinhas de água e aproveitar o caminho e centenas de passeios que a região escolhida oferece. Aproveite!
Para outras dicas de viagem, acesse o canal Guia de Férias
Mais de 300 cavernas, cachoeiras e trilhas
O Petar é considerado uma das Unidades de Conservação mais importantes do mundo. Afinal, abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil e mais de 300 cavernas.
É considerado hoje um patrimônio da humanidade, reconhecido pela Unesco. Localizado no extremo sul do Estado de São Paulo, entre as cidades de Apiaí e Iporanga, o parque foi criado em 1958 e possui mais de 35 mil hectares de área preservada entre montanhas e vales.
Saindo de São Paulo, a distância é de cerca de 330 quilômetros. O caminho mais usual é ir pela Régis Bittencourt (BR-116), duplicada até Jacupiranga, pegando a SP-193 e, em Eldorado, seguir pela SP-165 até Iporanga. Pela Régis serão quatro praças de pedágio, totalizando R$ 29,40 para ida e volta em veículos de dois eixos.
Outro caminho é ir pela Castelo Branco ou Raposo Tavares, pegando a SP-250 até Apiaí e, finalmente, a SP-165 até as cavernas do Petar. Por essa opção, são 350 quilômetros.
Esportes de aventura
Além das mais de 300 cavernas do Petar, há dezenas de cachoeiras, trilhas, sítios arqueológicos e paleontológicos. É um dos melhores parques do Brasil para a prática de esportes de aventura com rapel, boia cross, cascading, biking, entre outros. Além do aspecto geológico e da flora, o parque abriga muitas espécies animais, como onças, antas e macacos. E não é raro encontrar rastros de onça, principalmente na trilha da Caverna Temimina.
Algumas cavernas que têm a trilha pelo rio subterrâneo (como Água Suja e Alambari) podem ficar interditadas em dias de chuva mais forte, devido ao risco de trombas-d’água. Algumas das cavernas turísticas possuem acessos facilitados por escadarias e passarelas. Outras proporcionam uma verdadeira aventura, sendo necessário acompanhar o leito do rio subterrâneo e contam até mesmo com cachoeiras em seu interior.
Guias
Nelson Calil – Instagram @nelson_guia_petar
Dillan Mendes – Instagram @amoiporanga
Quer uma navegação personalizada?
Cadastre-se aqui
0 Comentários