Qual é a tarifa de ônibus mais cara da região metropolitana de São Paulo?
Algumas cidades da região metropolitana de São Paulo, como Poá, cobram acima do valor da tarifa da capital; Mauá tem a tarifa mais barata. Confira
Com o aumento da tarifa de ônibus urbano na capital paulista e dos trens operados pela CPTM e Metrô e dos ônibus da EMTU, em 6 de janeiro, outros municípios da região metropolitana de São Paulo também registraram ajuste no valor das passagens do transporte público.
Esses ajustes ocorridos entre o final do ano passado e os primeiros quinze dias de 2025 representam um significativo impacto financeiro para os usuários. Em alguns casos, como Poá, o reajuste foi de quase 19%.
Um levantamento realizado pelo Mobilidade Estadão aponta que as tarifas em algumas dessas cidades estão consideravelmente mais altas em comparação às praticadas na capital paulista. Veja a tabela:
Cidades | Tarifa antiga | Tarifa nova |
Poá | R$ 5,30 | R$ 6,30 |
Itaquaquecetuba | R$ 5,10 | R$ 5,80 |
São Paulo | R$ 4,40 | R$ 5,00 |
Ferraz de Vasconcelos | R$ 5,30 | R$ 6,00 |
Suzano | R$ 5,30 | R$ 6,00 |
Francisco Morato | R$ 4,90 | R$ 5,50 |
Ribeirão Pires | R$ 4,85 | R$ 5,40 |
Arujá | R$ 5,00 | R$ 5,50 |
Caieiras | R$ 5,00 | R$ 5,50 |
Mauá | R$ 4,20 | R$ 4,60 |
Osasco | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Jandira | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Itapevi | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Carapicuíba | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Barueri | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Taboão da Serra | R$ 5,30 | R$ 5,80 |
Santo André | R$ 5,70 | R$ 5,90 |
São Bernardo do Campo | R$ 5,75 | R$ 5,95 |
Poá tem a tarifa de ônibus mais cara da região metropolitana de São Paulo
A tarifa de R$ 6,30 na cidade de Poá é mais alta da região metropolitana de São Paulo, com aumento de 18,87% em relação ao valor cobrado em 2024. Em termos nacionais, o bilhete da cidade só perde para Florianópolis (SC), que cobra o valor de R$ 6,90, considerada a passagem de ônibus mais alta do País.
Bruna Lima, 21 anos, estudante de Jornalismo, conta que, apesar de os ônibus de Poá estarem melhores do que antes, ainda deixam a desejar pela falta de conforto e pela prestação de serviço. Só quatro linhas circulam pelo município.
Para ela, ao comparar São Paulo e Ferraz de Vasconcelos, que têm as tarifas mais baratas, os veículos de Poá não oferecem vantagens aos usuários, como tomadas USB, ar-condicionado e Wi-fi.
“Quando chove forte, os ônibus ficam molhados na parte interna, além da falta de conforto dos assentos. Inclusive, os botões de sinal estão quebrados e os moradores não conseguem descer nos pontos desejados”, explica.
A estudante afirma também que quando tem pouca movimentação e poucas opções de ônibus durante a noite a sensação de insegurança aumenta.
“É uma vergonha. As rotas são supercurtas e você espera por horas nos pontos que muitas vezes não são cobertos. Em dias de chuva o tempo de espera é maior e, com a redução dos ônibus, voltar para casa e quase impossível. A probabilidade de assalto e afins é maior”, desabafa Bruna.
Outros municípios da região metropolitana de São Paulo também registraram reajustes nas tarifas: Ferraz de Vasconcelos e Suzano tiveram aumento de 13,21%. Itaquaquecetuba teve alta de 13,73%. Em Francisco Morato houve majoração de 12,24%. Na capital paulista foi de 13,64%. Ribeirão Pires teve alta de 11,34%. Arujá e Caieiras, ambas com alta de 10%.
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Quais tarifas de ônibus tiveram aumentos menores?
Mauá, outra cidade da região metropolitana, tem a tarifa mais barata da região com um aumento pouco menor: 9,52%. Na última quarta-feira, 15, começou a valer a nova tarifa na cidade. Agora, o usuário paga o valor de R$ 4,60 se for no cartão de transporte; no dinheiro, paga R$ 5,50. A iniciativa estimula os usuários a economizarem usando o cartão.
Além de Mauá, cidades como Osasco, Itapevi, Jandira, Barueri e Carapicuíba tiveram aumento de 9,43% em suas tarifas de ônibus. A Prefeitura de Osasco recomenda aos usuários optarem pelo cartão de transporte, cuja passagem sai por R$ 5,80.
Taboão da Serra, com 9,43%, São Bernardo do Campo, com 3,48% e Santo André, com 3,51% também foram as cidades com reajustes melhores.
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