Trem da BYD poderá operar por 8 km em caso de emergência

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Trem da BYD, da Linha 17-Ouro, poderá operar por 8 km em situações de emergência

Por: Luis Antonio Souza . Há 12 dias
Mobilidade para quê?

Trem da BYD, da Linha 17-Ouro, poderá operar por 8 km em situações de emergência

Trem chinês, que está no pátio Água Espraiada desde setembro do ano passado, já percorreu 1.200 metros e ainda irá passar por outros testes

3 minutos, 5 segundos de leitura

19/03/2025

Trem da Linha 17-Ouro
Trem projetado pela BYD, saiu da China e chegou ao país em setembro de 2024; O peso total da composição é de 80 toneladas. Foto: Carolina Filipe/Mobilidade Estadão

A Linha 17-Ouro recebeu o primeiro trem da BYD em setembro de 2024. Depois ele ficou no pátio de manobras da Água Espraiada durante 30 dias em fase de montagem e testes iniciais. Em janeiro deste ano, o veículo saiu do pátio e percorreu 1.200 metros até a Estação Washington Luís. 

“Para um trem autônomo começar a operar é preciso fazer centenas de milhares de testes”, diz Marcelo Tobias, chefe de implementação de sistemas e material rodante da Linha 17-Ouro do Metrô.

“Se alguns testes não puderam ser feitos na fábrica, na China, ele são realizados aqui em via corrida, em baixa e alta velocidade”, acrescenta Tobias.

Leia também: Linha 17-Ouro: Após atrasos, monotrilho entra na reta final de obras

Trem da BYD: saiba o que tem de inovador

Cada trem da Linha 17-Ouro tem um pacote com 13 baterias de tração, o que garante autonomia para trafegar por 8 km, em caso de emergências. 

“Isso faz com que, se houver falta de energia elétrica, o trem poderá continuar, de forma ininterrupta, a operação por toda a extensão da via”, explica Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD SkyRail.

Outra característica do veículo “é o moderno sistema de suspensão a ar, que oferece maior estabilidade e mais conforto ao passageiro, o que reduz a sensação de ‘balanço’ durante a viagem”, explica Tobias, do Metrô de São Paulo.

Lateral externa do trem da Linha 17-Ouro
Lateral externa do trem da Linha 17-Ouro. Foto: Carolina Filipe/Estadão
Painel para o condutor do trem da Linha 17-Ouro
Painel de controle do trem do monotrilho. Foto: Carolina Filipe/Estadão
Interior do trem da Linha 17-Ouro
Interior do trem do monotrilhoda Linha 17-Ouro. Foto: Carolina Filipe/Estadão
Painel digital de informações, que fica acima das portas do trem da Linha 17-Ouro
Painel digital de informações, que fica acima das portas do trem. Foto: Carolina Filipe/Estadão

Conforto a bordo do trem da BYD da Linha 17-Ouro

Confira, a seguir, outros detalhes sobre os trens:

  • Condução autônoma, sem operador;
  • Velocidade máxima: 80 km/h;
  • Passagem livre entre os carros;
  • Peso: 80 toneladas;
  • Comprimento: 60 metros;
  • Largura: 3,86 metros;
  • Altura: 5,60 metros;
  • Capacidade: mais de 600 passageiros;
  • Assentos: 114;
  • Área para pessoas com deficiência;
  • 4 portas, com 1,6 metro de largura;
  • Janelas basculantes e panorâmica;
  • Câmeras de vigilância, câmera para engate;
  • Sistema de ar condicionado;
  • Iluminação em Led;
  • Painéis digitais que mostram o mapa da linha;
  • Sistema de som e sistema de detecção de incêndios.

Saiba mais sobre a Linha 17-Ouro

A nova linha tem 6,7 quilômetros de extensão, 8 estações e com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026. Desta forma, o monotrilho conectará o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda, com previsão de atender 93 mil passageiros por dia útil.

O projeto inicial da linha previa 18 estações interligando a estação Jabaquara-Comitê Paralímpico Brasileiro, na Linha 1-Azul, até a Estação São Paulo-Morumbi, na Linha 4-Amarela, da ViaQuatro.

No entanto, depois de vários e sucessivos atrasos, a linha, agora, será menor e terá 6,7 km com 8 estações. Sete delas (Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan) estão em fase final de acabamento. Assim, nestas paradas estão em instalação sistemas como alimentação elétrica, telecomunicações e auxiliares.

A Estação Morumbi já teve suas obras civis concluídas. O ramal conectará o Aeroporto de Congonhas, o Terminal Água Espraiada, da SPTrans, e as Linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.

Há 11 anos, a linha foi promessa para a Copa do Mundo de 2014, custando R$ 3,2 bilhões. Passado esse tempo, o trecho atual ficou mais caro, custando R$ 5,8 bilhões.

Leia também: Linha 17-Ouro: segundo trem do monotrilho chega a São Paulo

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