Trem da BYD, da Linha 17-Ouro, poderá operar por 8 km em situações de emergência
Trem chinês, que está no pátio Água Espraiada desde setembro do ano passado, já percorreu 1.200 metros e ainda irá passar por outros testes

A Linha 17-Ouro recebeu o primeiro trem da BYD em setembro de 2024. Depois ele ficou no pátio de manobras da Água Espraiada durante 30 dias em fase de montagem e testes iniciais. Em janeiro deste ano, o veículo saiu do pátio e percorreu 1.200 metros até a Estação Washington Luís.
“Para um trem autônomo começar a operar é preciso fazer centenas de milhares de testes”, diz Marcelo Tobias, chefe de implementação de sistemas e material rodante da Linha 17-Ouro do Metrô.
“Se alguns testes não puderam ser feitos na fábrica, na China, ele são realizados aqui em via corrida, em baixa e alta velocidade”, acrescenta Tobias.
Leia também: Linha 17-Ouro: Após atrasos, monotrilho entra na reta final de obras
Trem da BYD: saiba o que tem de inovador
Cada trem da Linha 17-Ouro tem um pacote com 13 baterias de tração, o que garante autonomia para trafegar por 8 km, em caso de emergências.
“Isso faz com que, se houver falta de energia elétrica, o trem poderá continuar, de forma ininterrupta, a operação por toda a extensão da via”, explica Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD SkyRail.
Outra característica do veículo “é o moderno sistema de suspensão a ar, que oferece maior estabilidade e mais conforto ao passageiro, o que reduz a sensação de ‘balanço’ durante a viagem”, explica Tobias, do Metrô de São Paulo.




Conforto a bordo do trem da BYD da Linha 17-Ouro
Confira, a seguir, outros detalhes sobre os trens:
- Condução autônoma, sem operador;
- Velocidade máxima: 80 km/h;
- Passagem livre entre os carros;
- Peso: 80 toneladas;
- Comprimento: 60 metros;
- Largura: 3,86 metros;
- Altura: 5,60 metros;
- Capacidade: mais de 600 passageiros;
- Assentos: 114;
- Área para pessoas com deficiência;
- 4 portas, com 1,6 metro de largura;
- Janelas basculantes e panorâmica;
- Câmeras de vigilância, câmera para engate;
- Sistema de ar condicionado;
- Iluminação em Led;
- Painéis digitais que mostram o mapa da linha;
- Sistema de som e sistema de detecção de incêndios.
Saiba mais sobre a Linha 17-Ouro
A nova linha tem 6,7 quilômetros de extensão, 8 estações e com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026. Desta forma, o monotrilho conectará o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda, com previsão de atender 93 mil passageiros por dia útil.
O projeto inicial da linha previa 18 estações interligando a estação Jabaquara-Comitê Paralímpico Brasileiro, na Linha 1-Azul, até a Estação São Paulo-Morumbi, na Linha 4-Amarela, da ViaQuatro.
No entanto, depois de vários e sucessivos atrasos, a linha, agora, será menor e terá 6,7 km com 8 estações. Sete delas (Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan) estão em fase final de acabamento. Assim, nestas paradas estão em instalação sistemas como alimentação elétrica, telecomunicações e auxiliares.
A Estação Morumbi já teve suas obras civis concluídas. O ramal conectará o Aeroporto de Congonhas, o Terminal Água Espraiada, da SPTrans, e as Linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda.
Há 11 anos, a linha foi promessa para a Copa do Mundo de 2014, custando R$ 3,2 bilhões. Passado esse tempo, o trecho atual ficou mais caro, custando R$ 5,8 bilhões.
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