Entre janeiro e março deste ano, foram emplacadas 274.766 motocicletas. O volume representa crescimento de 33,68% na venda de motos no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O montante também supera o período pré-pandemia, entre janeiro e março de 2020, quando foram vendidas 246.920 veículos de duas rodas. Os dados são compilados pela Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil, com base nos números de emplacamentos do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
“As vendas de moto estão aquecidas. Com o combustível mais caro, temos observado muitas pessoas migrando do carro para o segmento de duas rodas. Além disso, as motos já se consolidaram como instrumento de trabalho, com os serviços de entrega”, analisa José Maurício Andreta Jr., Presidente da Fenabrave.
Apesar do bom desempenho do segmento de motocicletas em 2022, as vendas de veículos como um todo acumulam queda de 7,6% sobre o mesmo período do ano passado. Para o presidente da Fenabrave, o desempenho no trimestre é reflexo de um conjunto de fatores, nacionais e globais.
“A variante Ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano. Em seguida, houve o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis”, acredita.
As motocicletas do segmento city (urbanas) continuam sendo as preferidas dos consumidores brasileiros. Lideradas pela Honda CG 160, com 72.837 unidades emplacadas no primeiro trimestre de 2022, as motos urbanas de até 250 cc representaram 40,19% dos veículos de duas rodas emplacados no período.
Logo em seguida, aparecem as CUBs e scooters, com 36,32% de participação no mercado. “As motocicletas dos segmentos city e scooter representam 76% do mercado, no acumulado de 2022, enquanto, em 2021, a participação era de pouco mais de 73%” , avalia Andreta Jr.
Os números confirmam que as motos, CUBs e scooters têm ganhado força como uma opção de mobilidade urbana mais econômica e acessível, para fugir do aumento dos combustíveis e também do alto preço dos carros zero quilômetro.