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Canal de cultura pop das aposentadas Genilda e Genilza faz o maior sucesso no Youtube

Por: Ariel Freitas, Favela em Pauta . 18/12/2021

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Canal de cultura pop das aposentadas Genilda e Genilza faz o maior sucesso no Youtube

Moradoras de Mauá, as ‘irmãs Gê’ comentam quadrinhos, gibis, filmes e séries em vídeos, lives e publicações de TikTok

2 minutos, 21 segundos de leitura

18/12/2021

Por: Ariel Freitas, Favela em Pauta

As apresentadoras Genilda e Genilza, de 66 e 62 anos, estão à frente do Dona Geek. Foto: divulgação

No vídeo de apresentação do canal de cultura pop Dona Gêek, as aposentadas Genilda e Genilza Maria Gama da Silva vão logo avisando, divertidamente: “É diversão, diversão. A gente não quer sucesso imediato, a gente quer sossego, porque se virar trabalho a gente abandona…”. À época, há mais ou menos um ano, elas estavam festejando os primeiros 100 inscritos. Hoje são mais de sete mil.

Ou seja, para quem acha que o mundo geek é coisa do público jovem, as irmãs Gê mostram que não é assim — e que “geeks também envelhecem”. Moradoras da periferia de Mauá, na Grande São Paulo, as duas fazem o maior sucesso (ou melhor, se divertem) falando de quadrinhos e séries em conteúdos feitos para YouTube e TikTok.

Com o apoio da filha e sobrinha Janaína, a dupla usa o celular para gravar resenhas, dicas e teorias que abastecem lives e vídeos. No primeiro deles, em 2019, comentaram as séries de maior sucesso naquele ano. E não pararam mais. “A ideia surgiu em uma conversa sobre o que mais gostávamos, que na verdade era uma fofoca diária entre nós, e a gente percebeu que tinha uma paixão em comum por animações, desenhos, filmes e séries”, conta Genilza. “Nós, duas aposentadas, resolvemos nos aventurar nesse mundo mais digital.”

As irmãs Gê já têm mais de sete mil inscritos e 175 vídeos em seu canal no YouTube. Genilda acha que a importância dos números está menos na quantidade de visualizações e comentários e mais no acolhimento do público. Mãe e avó, ela diz que uma das barreiras vencidas nesse desafio é o conflito na linguagem entre as gerações. “Os jovens têm muitas gírias. É difícil entender de primeira, mas a gente dá nosso jeito”, brinca.

Elas contam que desde cedo animações e filmes prendiam sua atenção, e que a coleção de gibis e revistas em quadrinhos só veio quando já eram adultas. Na infância, não tinham dinheiro para comprar. “É um universo mais animado e que incentiva a liberdade de criação”, diz Genilza.

À vontade diante das tecnologias e suas possibilidades, as irmãs Gê mergulharam também no TikTok, onde os conteúdos que publicam têm uma pegada mais dinâmica. E o compartilhamento, elas já perceberam, é quase que instantâneo. “Hoje, a gente faz tudo pelo celular, né? Assistimos TV, séries e filmes. Conseguimos ler revistas em quadrinhos e gibis pela tela. Porém, o que estamos aproveitando bastante é o TikTok. Nem vemos o tempo passar por lá!”, comenta Genilza.



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