Com inauguração do Hospital da Mulher, autoridades prometem revitalizar centro de SP
O Governo de São Paulo inaugurou oficialmente nesta quarta-feira, 14 de setembro, o Hospital da Mulher, que substitui o Pérola Byington
Na inauguração do Hospital da Mulher, que substitui o Pérola Byington em novo endereço, autoridades enalteceram o alto nível tecnológico da unidade — apresentada como “o maior centro de saúde especializado da América Latina” — e a revitalização do centro da capital. Instalada na Avenida Rio Branco, nos Campos Elíseos, a instituição foi erguida na região da Cracolândia.
O ambulatório do prédio já funciona desde o início da semana, mas a transferência completa de endereço só deve ser concluída ao final de outubro. O centro recebeu investimento de R$ 245 milhões e é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP), com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A construção ocupa um quarteirão inteiro entre a Avenida Rio Branco, a Alameda Barão de Piracicaba, a Rua Helvétia e a Alameda Glete, em frente à Praça Princesa Isabel. Conforme mostrou o Estadão, no início do mês, a tecnologia contrasta com as turbulências do entorno.
Além da dispersão dos usuários de drogas na Cracolândia nos últimos meses, seguida de sucessivas operações policiais contra o tráfico, moradores protestam contra as desapropriações que levaram à construção do centro médico e relatam dificuldades para atender às exigências da Prefeitura para continuar morando lá.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi questionado sobre a segurança na região. “Temos, na região central, o maior número de policiais que a gente já teve na história da cidade, desde 1554”, disse. “A gente pode dizer que essa é uma região que tem um nível de segurança como qualquer outra cidade.”
Oncologia — Desde o início da semana, o ambulatório do novo prédio já atende de forma “moderada” e a transferência da antiga unidade ocorre de forma gradativa até o próximo mês, conforme o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. Em sua fala, ele ressaltou que os atendimentos em quimioterapia e hormonioterapia serão expandidos em 66% com a mudança. Segundo ele, as doenças oncológicas configuram grave problema de saúde pública após a pandemia e merecem atenção.
“Nós tínhamos pedido durante a pandemia para as pessoas ficarem em casa. Elas ficaram e muitas delas abandonaram seus tratamentos oncológicos, pioraram sua condição clínica. É uma responsabilidade do governo do Estado aportar esses hospitais para que nós possamos dar segurança e garantia de atendimento a essa população mais vulnerável”, disse.
Além da oncologia ginecológica e mamária, a unidade 50 mil m² também oferecerá atendimento de ginecologia de alta complexidade, cuidados paliativos e reprodução humana assistida. O hospital deve ofertar mais de 184 mil procedimentos ao ano. Para isso, conta com 172 leitos — 10 de terapia intensiva (UTI) e 60 de enfermaria. (Colaborou Gonçalo Junior)
Quer uma navegação personalizada?
Cadastre-se aqui
0 Comentários