Saiba como se prevenir contra as hepatites e reconhecer os sintomas
Em duas décadas, as doenças vitimaram mais de 82 mil pessoas. Mas o SUS disponibiliza diagnósticos, vacinas para prevenção e medicamentos
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza de forma gratuita diagnósticos, vacinas e medicamentos, assim como testes rápidos para a detecção da hepatite B. Eles são feitos por meio da coleta de uma gota de sangue, pela qual é possível identificar a presença da infecção.
Para as hepatites A e B, a melhor forma de prevenção e proteção contra a doença são as vacinas: as doses estão disponíveis em salas de vacinação de todo o País. Mas, para atingirem a máxima eficácia, os imunizantes precisam ser administrados de forma completa, conforme o esquema vacinal para cada faixa etária. Veja abaixo:
Recomendações do Calendário Nacional de Vacinação
Crianças
Hepatite B recombinante: 1 dose ao nascer;
DTP + Hib + HB (penta – entre outras doenças, protege contra a Hepatite B) / 3 doses recomendadas: 1ª aos 2 meses; 2ª aos 4 meses; 3ª aos 6 meses;
Hepatite A (HA): 1 dose recomendada aos 15 meses.
Adolescentes, adultos e gestantes
Hepatite B: 3 doses recomendadas (iniciar ou completar o esquema de acordo com a situação vacinal).
Intervalo recomendado: 2ª dose deve ser aplicada 1 mês após a 1ª dose e a 3ª dose deve ser aplicada 6 meses após a 1ª dose.
População imunodeprimida
Observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas disponibilizadas nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Não há, porém, vacina contra a hepatite C, a que tem demonstrado ser a mais letal no Brasil nas últimas décadas. Mas existe tratamento e cura, alcançados por meio de medicamentos disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) para qualquer pessoa infectada pelo vírus, assim como a detecção, que ocorre por meio de exame de rotina ou doação de sangue.
Quanto mais pessoas souberem que estão com algum vírus e se submeterem ao tratamento, menores as chances de a doença ser transmitida.
Outras formas de prevenção contra hepatites virais:
. Não compartilhar objetos perfurocortantes (seringas, agulhas, alicate de unha, agulhas etc.) com outras pessoas;
. Não compartilhar objetos de uso individual com outras pessoas (escovas de dentes ou lâminas de barbear);
. Usar materiais esterilizados em situações, como realizar tatuagem e colocar piercings;
. Usar preservativos nas relações sexuais.
No caso da hepatite A, a contaminação pode ser evitada com as seguintes medidas:
. Lavar as mãos;
. Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
.Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de esgoto;
. Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
. Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.
Fique por dentro dos sintomas de cada um dos tipos
Hepatite A: são descritos como inespecíficos e costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Inicialmente, a pessoa tende a sentir fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. O quadro pode se agravar para enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, além de pele e os olhos amarelados (icterícia).
Hepatites B e C: é comum as pessoas estarem com o vírus, mas não saberem que estão com a infecção. Isso porque as duas hepatites nem sempre apresentam sintomas, dificultando a identificação de contaminados. Sem o diagnóstico, a doença pode evoluir por décadas de forma silenciosa e o paciente só consegue senti-la em estágio avançado.
O avanço da infecção pelo corpo pode levar ao comprometimento grave do fígado, e acarretar problemas como fibrose avançada ou cirrose associada às hepatites. Essas complicações podem gerar câncer e a necessidade de realizar transplante do órgão.
Como tratar as doenças
No caso de hepatite A, não há nenhum tratamento específico. O ministério recomenda que se evite a automedicação para alívio dos sintomas porque remédios desnecessários podem atingir o fígado e piorar o quadro.
Ainda não existem medicamentos que curam a infecção pelo vírus da hepatite B, o mais comum de se contrair no País. A prevenção pode ser feita por meio de vacinação. Contudo, há fármacos disponíveis que auxiliam no tratamento para o controle da carga viral e na velocidade da evolução da doença.
No caso da hepatite C, que não possui ainda uma vacina, já existem remédios que tratam e curam a doença. Segundo o Ministério da Saúde, as medicações conferem a cura em mais de 95% dos casos, e os tratamentos duram, em média, 12 semanas.
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