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STF forma maioria para manter gratuidade a jovens em ônibus interestaduais

Por: Estadão Conteúdo . 17/11/2022

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STF forma maioria para manter gratuidade a jovens em ônibus interestaduais

STF forma maioria para manter gratuidade a jovens em ônibus interestaduais

1 minuto, 48 segundos de leitura

17/11/2022

Por: Estadão Conteúdo

O benefício, concedido a quem tem de 15 a 29 anos com renda familiar de até dois salários mínimos — por meio da carteira ID Jovem —, reserva duas vagas gratuitas para jovens de baixa renda em cada viagem interestadual e mais duas com desconto de 50%. FOTO: MARCELO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira, 16 de novembro, para manter a gratuidade da passagem de ônibus interestadual para jovens de baixa renda. Os ministros analisaram ação apresentada pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), que alegou ser inconstitucional estabelecer a gratuidade sem uma fonte de financiamento estatal.

O benefício, concedido a quem tem de 15 a 29 anos com renda familiar de até dois salários mínimos — por meio da carteira ID Jovem —, reserva duas vagas gratuitas para jovens de baixa renda em cada viagem interestadual e mais duas com desconto de 50%.

“A exigência é inconstitucional sem financiamento público porque isso significa impor a todos os usuários do transporte, em sua imensa maioria possuidores de renda mensal de até três salários mínimos, o ônus de suportar o conteúdo econômico desse benefício em perceptível violação do direito social fundamental ao transporte por parte de população igualmente carente”, argumentou a defesa da Abrati.

O ministro relator, Luiz Fux, negou a ação por entender que a reserva de vagas é legítima. “Não se pode reservar um espaço soberano para a livre iniciativa. Por se tratar de serviço público de regulação econômica haverá, invariavelmente, uma perda de eficiência econômica na competitividade do setor, que se justifica em larga medida pela equidade perseguida”, destacou.

O relator foi seguido pelos ministros André Mendonça, Kássio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Cármen Lúcia. O julgamento será retomado amanhã, às 14h.

Moraes ressaltou que a Abrati não demonstrou que a gratuidade possa desequilibrar as prestadoras de serviço de transporte interestadual “de forma intolerável”. Afirmou, ainda, que a lei estabelece o ressarcimento das empresas, em caso de perdas comprovadas.

“Houve efetiva previsão de recomposição de perdas por meio de disponibilidade do poder público em realizar o reajuste do coeficiente tarifário, desde que as perdas sejam efetivamente comprovadas pelas empresas”, destacou.


→ Mais informações sobre o benefício na página oficial da carteira ID Jovem no site do governo federal

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