Como recuperar a pintura de um carro usado?
Fazer a carroceria brilhar novamente é possível e, às vezes, uma tarefa mais simples do que você imagina. Confira
2 minutos, 37 segundos de leitura
06/06/2022
Por mais que o proprietário cuide bem, a pintura de um carro com mais de dez anos já não se destaca, mesmo com enceramento mensal. Muita gente imagina que a única solução é mandar repintar a carroceria. Mas, dependendo do caso, um bom polimento pode recuperar o brilho e a intensidade da cor original.
“É claro que dependerá do estado geral da pintura, mas se o dono tiver sido cuidadoso, é quase certo que o polimento trará de volta as características da pintura original – ou quase todas”, afirma Ricardo Vettorazzi, gerente técnico do laboratório de repintura automotiva da PPG.
As exceções, claro, são casos extremos, quando a pintura está queimada, com manchas muito grandes ou se a lataria foi amassada e a pintura danificada.
O que o polimento faz?
O segredo está no fato de o polimento retirar uma fina camada do verniz. Explicando de maneira bem simples, é como se o carro possuísse várias capas transparentes protegendo a pintura. Se uma dessas capas for retirada, a camada inferior, que estava protegida, será revelada.
“No caso de carros mais antigos, a primeira tentativa para se recuperar a pintura – desde que não haja amassados, ou riscos mais profundos – é o polimento, e os resultados costumam ser muito bons”, afirma Vettorazzi.
O técnico da PPG lembra ainda que o segmento do mercado voltado para os cuidados com o carro (chamado de Car Care) está muito avançado atualmente, com produtos de alta qualidade e tecnologia. Além disso, os profissionais do setor também se aperfeiçoaram.
Atenção para não exagerar na dose
Um detalhe importante: embora possa parecer, o processo de polimento não é agressivo a ponto de oferecer riscos à pintura do automóvel.
Ricardo Vettorazzi explica que a espessura de uma camada de verniz aplicada pela montadora durante a pintura da carroceria é de aproximadamente 70, 80 mícrons (um mícron equivale à milésima parte de um milímetro).
“Quando se faz o polimento, é retirada cerca de dois ou três mícrons da camada mais externa do verniz”, conta. “Isso não estraga a pintura, mas o que a gente vê por aí são pessoas polindo o carro em demasia e sem necessidade; isso, obviamente, vai desgastando a pintura.”
Os veículos mais modernos conseguem ficar um bom tempo sem intervenções, graças às modernas técnicas de pintura. Mas se o proprietário for muito descuidado e deixar que excrementos de pássaros, seiva de árvores e outros tipos de sujeira permaneçam na lataria, isso pode resultar em manchas resistentes até mesmo ao polimento.
Ricardo Vettorazzi lembra ainda que o polimento pode ser feito apenas em uma determinada área – para corrigir algum problema. “O que ocorre com frequência, porém, é que o resultado fica tão bom que o profissional acaba polindo o restante da peça afetada para evitar que a diferença entre a parte polida e a não tratada fique muito evidente. “Isso acontece muito principalmente no capô, a parte do carro mais visível quando se trata de pintura.”
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