É possível consertar uma roda de liga leve amassada ou trincada?
Nem sempre o reparo é recomendável, porque coloca em risco a segurança do automóvel
2 minutos, 9 segundos de leitura
03/06/2022
Passar por cima de um buraco mais fundo em alta velocidade pode causar estragos na suspensão e também danificar as rodas. Embora sejam submetidas a testes rigorosos durante sua fabricação, as rodas não estão livres de amassados ou trincas. Isso compromete a estética do carro e a segurança de quem está a bordo.
“É preciso ter muito cuidado, principalmente com as rodas de liga leve”, adverte Cléber Willian Gomes, professor de engenharia automotiva da FEI. Mais bonitas, elas pesam menos que as de aço e exigem esforço menor da suspensão. Em contrapartida, são mais caras e o reparo nem sempre é aconselhável.
“Rodas amassadas ou rachadas podem ser retrabalhadas e, externamente, ficam como novas após a manutenção. No interior delas, porém, possíveis irregularidades estruturais colocam em xeque a segurança do veículo e, por consequência, a integridade de motorista e passageiros”, afirma.
Os amassados preocupam, mas as trincas representam ameaça ainda maior, uma vez que podem ficar escondidas pelo pneu. Quando isso acontece, a estrutura perde a resistência. “Se uma trinca propagar e chegar ao colapso, a roda corre o risco de quebrar. Com isso, o carro perde a estabilidade e um grave acidente pode acontecer”, explica Gomes.
Danos na suspensão e nos freios
Gomes alerta que o ideal é evitar a aquisição de uma roda de liga leve usada, porque ela talvez tenha sofrido algum acidente. “O problema é comprar um produto que passou por uma condição extrema e não foi reformado adequadamente”, destaca.
No entanto, quando uma oficina especializada garante que é possível reparar a roda de liga leve, há duas maneiras de executar o serviço: de forma hidráulica ou por pressão.
Na primeira, o desempenho da roda é medido por uma máquina que funciona à base de água e eletricidade. A técnica serve para corrigir os defeitos, como fissuras, que são preenchidas com uma solda especial.
No segundo modo, mais caro, as rodas passam por um torno, que trabalha como um gabarito de conferência. Em seguida, a roda é soldada e balanceada até ficar pronta para a nova pintura.“Infelizmente, tem gente que insiste em levar a roda trincada para a retífica por causa do preço. Só que os defeitos permanecem ocultos, porque o processo de recuperação a deixa aparentemente impecável. Uma roda reformada pode, por exemplo, causar danos progressivos na suspensão e nos freios”, revela.
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