‘Parte da sociedade normaliza e legitima a misoginia’, diz psicóloga
Ódio, aversão e repulsa à mulher levam ao feminicídio; pesquisas mostram que mulheres negras estão mais vulneráveis
Pesquisa divulgada no dia 13 de dezembro pelo Instituto DataSenado diz que 27% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar praticada por um homem. O levantamento é feito a cada dois anos, desde 2005, quando serviu de base para a formulação da Lei Maria da Penha. A informação confirma, de acordo com especialistas, que boa parte da sociedade brasileira é misógina, normaliza e legitima a misoginia.
Misoginia, em linhas gerais, é o sentimento de ódio, aversão e repulsa à figura feminina. O termo vem das palavras gregas “miseó”, que se traduz “ódio”, e “gyné”, que significa “mulher”.
Neste episódio do podcast Estadão Expresso na Perifa, o radialista Artur dos Anjos conversa sobre misoginia e suas consequências com Rafaela Vaz, mestranda em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Rafaela afirma: a situação das mulheres no Brasil é fruto de uma construção colonialista, se mantém como estrutura de poder e tem consequências físicas e emocionais importantes.
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