Informações da World Resources Institute (WRI) apontam que, anualmente, pelo menos 5 milhões de pessoas utilizam o carsharing mundo afora como forma de deslocamento urbano. A implementação do 5G e as novas ferramentas de segurança, como as antifraudes e o rastreamento em tempo real, vão contribuir para o crescimento desse segmento, e as viagens compartilhadas tendem a crescer exponencialmente. Aliados ao conceito de web3, a nova geração da internet com processamento 800 vezes maior, esses dados ganham solidez e precisão. A descentralização dos dados baseados em blockchain e o impacto sustentável são os principais pilares dessa nova era da mobilidade

De acordo com a Shared Mobility, instituto de estudos dos transportes da Universidade da Califórnia, nos EUA, os carros compartilhados e conectados geram milhões de terabytes por dia. Essa infinitude de dados pode beneficiar o planejamento de iniciativas para diminuir o fluxo de veículos por microrregiões, propiciar menos trânsito, reduzir emissões de dióxido de carbono e ruídos e até criar mais espaço nas vias para outros modais, como bikes e patinetes.

Novamente, entra em cena a tecnologia, que tem o Brasil como um dos pioneiros. Além de proporcionar a experiência de dirigir veículos 100% elétricos, a ‘tokenização’ (processo de fragmentação de um ativo real em frações digitais para que possam ser facilmente negociadas) promete transformar todos esses dados gerados na nova economia em transações e investimentos em criptomoedas de operadores e usuários desses serviços.
Assim, essa nova tecnologia irá permitir que o setor da mobilidade elétrica passe a lucrar com os deslocamentos isentos de emissões, o que pode atrair o interesse de fundos de investimentos e grandes corporações. A perspectiva para o mercado brasileiro, segundo a consultoria WayCarbon, é que esse tipo de transação gere entre US$ 493 milhões e US$ 100 bilhões até 2030.

A ‘nova era da mobilidade urbana’ associada à web3, à descentralização de dados, ao dinamismo, ao blockchain e às criptomoedas trazem novas tendências ao mercado, com transformações importantes na indústria e novos modelos de negócio que vão nos surpreender nos próximos anos. O caminho para essa revolução ainda é longo; no entanto, o ecossistema tecnológico brasileiro está borbulhando e cheio de oportunidade a novos empreendedores que busquem escrever esse capítulo importante na história.

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