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Gigantes medem forças nas pistas da Stock Car Pro Series

Por: Alan Magalhães . 20/04/2022

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Gigantes medem forças nas pistas da Stock Car Pro Series

Fabricantes divulgam e comprovam desempenho e confiabilidade de seus carros

3 minutos, 51 segundos de leitura

20/04/2022

Modelos Corolla e Cruze disputam cada centímetro das pistas na Stock Car. Foto: Alex Farias

Uma das mais pitorescas histórias que ouvimos por aí é a de que o automobilismo foi criado quando o segundo carro foi fabricado. A afirmação, que já caiu no anedotário popular, nunca foi comprovada, mas que tem alguma lógica, tem.

O automobilismo sempre foi utilizado como um grande laboratório de pesquisas pela indústria automobilística, pois, nele, simula-se, em pouco tempo, as condições de uso de uma vida inteira de um carro normal. Pneus, por exemplo, são os componentes que mais saltam aos olhos, pois, em poucos minutos, se desgastam da mesma forma que os originais levariam anos para serem trocados. As imagens de freios incandescentes nas pistas, além de impressionantes, comprovam a que nível esses componentes são levados nas corridas.

Existem, basicamente, dois tipos de carro de corrida. Os monopostos, como os de Fórmula 1, 2, 3 e 4, que são protótipos feitos, exclusivamente, para as pistas. E os carros de turismo, derivados de modelos comercializados em revendedores. Entre eles há também alguns formatos: protótipos silhouette, mais sofisticados, e os carros originais, que recebem poucas adaptações para correr em autódromos.

A Stock Car já embarcou todas essas alternativas. Nasceu com um carro praticamente original, o Chevrolet Opala, que foi utilizado de 1979, ano da criação da categoria, até 1986, um ano antes de adotar o modelo silhouette, que foi usado até 1993. No ano seguinte, a categoria voltaria a utilizar um carro normal de produção, o Chevrolet Omega, entre 1994 e 1999.

O ano 2000 foi marcado pela maior mudança técnica da Stock Car, quando o Omega foi substituído novamente por um protótipo silhouette, constituído por um chassi tubular, recoberto com uma carroceria de material composto, no formato do Chevrolet Vectra. Em 2004, a montadora optou pela silhueta do Astra – daí vem o termo silhouette.

Já 2005 foi marcado pela entrada de uma segunda montadora, a Mitsubishi, que divulgou seu modelo Lancer. Em 2006, juntavam-se a elas, a Volkswagen, com a silhueta do Bora, e, no ano seguinte, a Peugeot, com seu modelo 307. Até o final do século, ainda “desfilariam”, na Stock Car, os modelos Peugeot 408 e Chevrolet Sonic.

Modelo híbrido

Em 2020, a categoria deu mais um salto técnico enorme, ao adotar um novo carro, que passou a utilizar o monobloco original das montadoras, revestindo uma estrutura tubular de segurança. Se, antes, se colocava uma carroceria sobre a estrutura tubular, hoje é o contrário. A estrutura se acoplou ao monobloco original. Com o novo e interessante pacote técnico, a Toyota estreou na Stock Car fazendo história, pois não só fez a pole como venceu as duas corridas da primeira etapa, com Ricardo Zonta e Rubens Barrichello, comprovando a competitividade do Toyota Corolla.

A Chevrolet, a exemplo de sua longa parceria com a Stock Car, investe no esporte a motor como uma de suas prioridades. Ao todo, a marca conquistou 35 títulos, na Stock Car, dos 41 disputados. O modelo Cruze é seu atual representante na Stock Car.

O equilíbrio entre as duas marcas chega a ser inacreditável, com quase 30 carros dentro do mesmo segundo, com base no melhor classificado. E isso mesclando carrocerias e motores diferentes para os quais o regulamento técnico prevê a liberação de pequenos ajustes no regulamento e na adição de peso aos vencedores para garantir esse equilíbrio.

Louis Chevrolet, um dos fundadores da montadora norte-americana, era projetista, mecânico e piloto. Já Akio Toyoda, presidente mundial da Toyota, é piloto amador e acompanha todas as corridas que pode. Portanto, fica fácil perceber que o automobilismo está no DNA dessas marcas.

Daniel Serra lidera a Stock Car deste ano com o Cruze preparado por Rosinei Campos. Foto: Luca Bassani

Nipônicos são minoria

No grid da Stock Car, são 21 Chevrolet Cruze contra 12 Toyota Corolla. Na tabela de pontuação, Daniel Serra e Gabriel Casagrande, líder e vice-líder, correm com o Cruze. O melhor Toyota, de Thiago Camilo, aparece em terceiro, o Cruze de Ricardo Maurício em quarto, à frente de outro Corolla, de César Ramos.

Na sequência, mais um Cruze, de Gaetano Di Mauro, que precede dois Corolla, de Rubens Barrichello e Bruno Baptista. Marcos Gomes é o nono, com o Cruze, e, fechando as dez primeiras colocações, Rafael Suzuki, piloto do Corolla #8.

O Campeonato de Marcas, que é disputado também na Stock Car, apresenta, depois de seis corridas, a Chevrolet na liderança, com 250 pontos, contra 236 da Toyota. O contingente nipônico precisa aumentar para equilibrar essa disputa, também.

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