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Varíola dos macacos: prevenção, sintomas e tratamento

Por: Estadão Conteúdo . 22/06/2022

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Varíola dos macacos: prevenção, sintomas e tratamento

Ministério da Saúde já confirmou oito casos da doença no Brasil

4 minutos, 17 segundos de leitura

22/06/2022

Por: Estadão Conteúdo

O surto da varíola dos macacos no continente europeu tem feito com que alguns países já iniciem campanhas de vacinação. Foto: ADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Ministério da Saúde confirmou, até o momento, oito casos de varíola dos macacos no Brasil. Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. Veja. que se sabe sobre a doença

O QUE É

A varíola dos macacos é uma doença viral que tem origem em roedores, mas que foi identificada pela primeira vez em macacos. Ela é transmitida por contato próximo, provoca febre, mal-estar e erupções na pele – como bolhas – e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Fora dali é considerada rara, por isso a nova onda de casos pelo mundo causa preocupação. Existem duas cepas principais: a do Congo é mais grave, com até 10% de mortalidade; a África Ocidental tem taxa de mortalidade de 1%. O atual surto começou em maio na Europa, quando um indivíduo que tinha ido para a Nigéria voltou para a Inglaterra infectado pelo vírus. Outros países europeus, além de Estados Unidos, Canadá e Austrália, passaram a identificar novas ocorrências. Também surgiram doentes na Argentina e no Brasil.

SEQUENCIAMENTO GENÉTICO

A cientista Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a doença não deve causar o mesmo estrago que a covid-19, mas merece ser monitorada com atenção. Ester liderou o grupo responsável pelo primeiro sequenciamento do vírus no País, em 18 horas – parar ter uma ideia, o Sars-CoV-2 da covid-19 demorou semanas para ser identificado. Entender o vírus e acompanhar suas mutações é fundamental para frear o avanço da doença, explica a cientista entrevistada pelo Estadão. “Esse vírus não tem uma transmissão aérea, assim como a covid-19. Doenças respiratórias transmitem mais. O monkeypox precisa de um contato íntimo para contaminar. Por isso, provavelmente a varíola dos macacos não vai ter a mesma dimensão da covid.”

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A VARÍOLA DOS MACACOS
Veja o que se conhece sobre a doença. As informações foram apuradas pelo Estadão junto a especialistas em saúde e publicações do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças

Há riscos de que a varíola dos macacos se torne uma pandemia?
Diferentemente dos vírus respiratórios – como os da influenza e da covid-19 – o vírus monkeypox não se dissemina tão facilmente e a doença é considerada benigna. Mas é preciso ter cautela.

Rosamund Lewis, a principal especialista em varíola dos macacos da Organização Mundial da Saúde (OMS), reconhece que ainda há muitas incógnitas sobre a doença, incluindo como exatamente ela está se espalhando e se a suspensão da imunização em massa contra a varíola décadas atrás pode de alguma forma estar acelerando sua transmissão.

Como varíola dos macacos é transmitida?
A transmissão de humano para humano ocorre por contato próximo com material infeccioso de lesões de pele, gotículas respiratórias em contato prolongado face a face e objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Existem grupos de risco?
Qualquer pessoa corre risco potencial de contrair a doença e, embora seja considerada benigna, ela pode se espalhar rapidamente se não for controlada.

Os casos do surto atual sugerem que as transmissões ocorreram durante relação sexual. Mas é importante ressaltar que a monkeypox não é considerada uma doença sexualmente transmissível.

Na avaliação do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, o risco é moderado para pessoas com múltiplos parceiros sexuais e baixo para a população em geral.

Qual é a prevenção?
As recomendações são distanciamento físico sempre que possível, uso de máscara, higienização frequente das mãos (sempre e em qualquer lugar), não manipular objetos e pertences de quem tem erupções na pele.

Residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.

A vacina da varíola (smallpox) protege contra monkeypox (varíola dos macacos)?
Ela deve funcionar, mas pode ser necessário aumentar a produção. Provavelmente vão surgir vacinas específicas para esse agente.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Depois, erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e crostas. Segundo a OMS, os sintomas duram de 14 a 21 dias.

Qual é o tratamento?
Os casos devem permanecer isolados até a cura completa das erupções, evitando contato com pessoas imunossuprimidas e animais de estimação. A abstenção sexual e o contato físico próximo são aconselhados até a cura.


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