O principal diferencial da Forza 350 é seu inédito motor de um cilindro, 330 cm³, com arrefecimento líquido. Alimentado por injeção eletrônica, o monocilíndrico produz 29,2 cv de potência máxima a 7.500 rpm e 3,24 m.kgf a 5.250 giros de torque máximo. O câmbio, como na maioria das scooters, é do tipo CVT.

Os números de desempenho são suficientes, segundo a Honda, para atingir a velocidade máxima de 140 km/h. Já o consumo, ainda de acordo com a marca, é de 30 km/litro. Como o tanque de combustível da Forza 350 tem capacidade para 11,7 litros, a autonomia projetada é de mais de 300 quilômetros.

De longe, a nova Forza 350 até parece uma scooter de maior cilindrada. Com linhas angulosas, um grande conjunto óptico frontal com DRL e o para-brisa alto conferem um porte avantajado para o modelo.

Mas ao montar no assento, que fica a 78 cm do solo, a Forza 350 aparenta ser mais leve do que é: o peso em ordem de marcha é de 184 kg. Apesar da altura, o banco é mais estreito na parte dianteira e facilita apoiar os pés no chão.

Para ligar o motor, basta girar o seletor e dar partida – a Forza 350 também tem Smart Key (chave de presença), como a maioria das scooters atualmente. O monocilíndrico responde imediatamente ao acelerador e tem uma boa arrancada.

Mesmo com câmbio CVT, a Forza 350 parece ter torque em todas as faixas de rotação – o motor parece sempre cheio. Nem mesmo em uma ladeira mais íngreme perdeu “força”. A velocidade máxima alcançada no painel foi de 140 km/h.

O painel, aliás, usa dois mostradores analógicos – velocímetro e conta-giros – com uma pequena tela de LCD ao centro. A parte digital traz diversas informações: relógio, marcador de combustível, temperatura do motor, hodômetros e um pequeno computador de bordo que informa o consumo e autonomia.

Rodando na cidade, a Forza 350 se mostra mais fácil de pilotar do que a distância entre-eixos de 1.510 mm nos faz imaginar. Seu quadro tubular em aço tem uma geometria próxima a da PCX 150, com ângulo de cáster de 26,5° e trail de 89 mm. Com isso, a Forza 350 é bastante ágil nas mudanças de direção, para trafegar no trânsito urbano.

As rodas maiores – 15’’, na dianteira, e 14’’, na traseira – ajudam a absorver melhor as imperfeições do piso. Até mesmo para cruzar uma passagem em nível as suspensões – telescópica, na frente, e bichoque, atrás – conseguem isolar o piloto da linha do trem.

Mas é em velocidades mais altas que a Forza mostra porque é chamada de uma scooter sport-touring. O assento oferece bastante conforto e as pernas podem ir mais flexionadas, o que aumenta o controle.

Ainda há a opção de esticar as pernas e apoiar os pés mais à frente, melhorando o conforto. Na estrada, o para-brisa precisa ser ajustado em posição mais alta – protegendo pilotos de até 1,70 m do vento contrário.

Os freios – a disco em ambas as rodas – contam com sistema ABS de dois canais, ou seja, que atua tanto na dianteira como na traseira. O conjunto ajuda a parar com segurança a nova scooter Honda.

Ainda no quesito segurança, destaque para o controle de tração, de série na Forza 350. O sistema evita que a roda traseira derrape, quando o piloto acelerar em pisos molhados ou escorregadios.

Itens de praticidade da nova scooter Honda

Mas além de oferecer bom desempenho e conforto para pegar a estrada, a Forza 350 também traz itens de praticidade para quem vai usar a scooter no dia-a-dia. A começar pela já citada Smart Key, uma praticidade que os proprietários de scooters já se acostumaram.

Outra novidade interessante da Forza é sua entrada USB-C ao invés da tomada 12V, outra facilidade que dispensa adaptador para carregar o smartphone. A entrada fica em um porta-luvas, localizado no escudo frontal, e consegue levar carteira, documentos e até uma pequena garrafa d’água.

Também existe um compartimento sob o banco com capacidade para 48 litros. O volume é suficiente para armazenar dois capacetes fechados ou um capacete e uma mochila de médio porte.

Forza 350 chega com preço alto

Quando a Honda anunciou a vinda da Forza 300, a intenção da empresa era nacionalizar a scooter média. Dessa forma, seria montada em Manaus (AM) e teria um preço mais competitivo. Entretanto, com a evolução do modelo, que recebeu diversas melhorias, e o caos logístico gerado pela pandemia de covid-19, a marca acabou trazendo a nova Forza 350 importada da Tailândia.

Com isso, a nova scooter Honda Forza 350 chega às lojas da marca com um preço bastante elevado. Afinal, com os R$ 47.000 pedidos pela scooter é possível comprar um dos dois modelos de 500 cc da Honda.

O valor também é bastante superior ao da sua principal concorrente, a Yamaha XMax 250. Apesar de ter menos potência e capacidade cúbica no motor (22,8 cv e 250 cm³), a scooter da Yamaha tem conforto e desempenho para pegar a estrada. Conta também com controle de tração, mas não oferece regulagem elétrica do para-brisa.