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Hidrogênio verde é uma das apostas da Cummins para um futuro sem carbono

Por: . 24/11/2022

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Hidrogênio verde é uma das apostas da Cummins para um futuro sem carbono

O combustível carbono neutro faz parte do portfólio de soluções que a fabricante de tecnologias de energia possui para a descarbonização da frota de veículos pesados nos próximos anos

4 minutos, 58 segundos de leitura

24/11/2022

O motor a hidrogênio é viável graças à plataforma agnóstica de combustível baixo carbono que acaba de ser lançada pela Cummins. Foto: Divulgação Cummins

Dentro do seu portfólio de tecnologias limpas para a descarbonização “do poço à roda” –   ou seja, em todo o seu processo de produção e em todas as áreas de negócio –, a Cummins conta também com soluções de hidrogênio verde, que é considerado o combustível do futuro.

Prova disso é que a empresa norte-americana de tecnologias de energia lançará globalmente a partir de 2026 o motor X15H.  O propulsor de combustão interna a hidrogênio gera 530 cv de potência e 265 mkgf de torque. 

Esse propulsor será equipado em caminhões rodoviários com PBT, peso bruto total, de até 44 toneladas, que poderão rodar até mil quilômetros abastecidos com 80 kg de hidrogênio. Ele não emite CO2 e é uma das apostas da Cummins para zerar as emissões. O novo motor integra a estratégia de sustentabilidade da empresa chamada mundialmente de Planeta 2050. 

Embora seja um movimento amplo, que envolve também a parte fabril e centros técnicos, o plano tem como um dos seus pilares o Destino ao Zero, ou seja, a adoção de tecnologias mais limpas em seus produtos e que serão de grande importância para o processo de descarbonização de veículos comerciais no Brasil e em todos os países onde a marca está presente.

O motor a hidrogênio é viável graças à plataforma agnóstica de combustível baixo carbono que acaba de ser lançada pela Cummins. Ou seja, é uma linha de motores a combustão interna que pode operar com combustíveis como diesel, gás natural e hidrogênio (separadamente), por meio de uma arquitetura de motor comum com muita semelhança entre as peças.

Essa inovação da Cummins vai protagonizar de forma inteligente, trazendo mais flexibilidade e redução de custo e tempo de desenvolvimento, pois foi projetada para substituir um motor diesel, mantendo o mesmo powertrain, utilizando tecnologias com as quais OEMs, gerentes de frota e operadores estão familiarizados. O resultado será mais capacidade para as fabricantes de caminhões e frotistas personalizarem suas soluções de combustíveis para reduzirem a emissão de carbono.

Para Fábio Magrin, líder para a América Latina para os negócios de New Power, “a Cummins percorre vários caminhos, entre eles o uso do motor agnóstico a curto e médio prazo e acredita que o futuro está na célula de combustível e na eletrificação, tanto para o segmento dos transportes quanto para o uso industrial”.

Caminhão-conceito demonstra vanguarda 

O engajamento da Cummins rumo à descarbonização vai além de oferecer o motor movido a hidrogênio. Assim, o objetivo é se tornar um agente importante na substituição do diesel por combustíveis mais limpos. 

Por isso, recentemente, apresentou no IAA Transportation, na Alemanha, considerado o maior salão de transportes da Europa, um caminhão-conceito movido a hidrogênio verde que foi chamado de B6.7H (H2-ICE). Ele tem peso bruto entre 10 e 26 toneladas para operar com combustível de hidrogênio, com um alcance operacional potencial de até 500 km.

O projeto Cummins H2-ICE usou um caminhão amplamente utilizado para transporte de distribuição. 

O trabalho de conversão de hidrogênio não comprometeu o desempenho do caminhão e capacidade de carga.

Na visão de Antonio Almeida, diretor de Vendas On-Highway da Cummins Brasil, a substituição do motor a diesel pelo motor a hidrogênio de 6,7 litros e a integração com a linha de transmissão existente destacam a capacidade da Cummins em oferecer uma solução de carbono zero para frotas. “Ela tem base em um custo mais baixo e uma tecnologia mais flexível de implantar”, afirma.

Geração de hidrogênio

O compromisso da Cummins em zerar as emissões não para por aí. Assim, adotou uma estratégia agressiva para a ascensão do hidrogênio. Ela abrange a produção desse combustível por meio dos eletrolisadores Cummins, usando energia elétrica renovável como eólica, solar e hidrelétrica. 

Dessa forma, a empresa oferece tecnologia de eletrolisadores que dividem a molécula da água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio gerado pode ser usado em aplicações industriais, químicas ou de energia. 

De olho em um futuro que terá o hidrogênio como uma importante fonte limpa de energia, sobretudo para caminhões e ônibus, a Cummins já forneceu eletrolisadores para mais de 50 postos de abastecimento de hidrogênio em todo o mundo. Além disso, mais de 2 mil instalações de células de combustível da Cummins impulsionam uma variedade de aplicações dentro e fora da estrada.

Em breve, vai construir sua nova fábrica de eletrolisadores na Espanha para reafirmar seu compromisso em expandir a economia do hidrogênio verde na Europa e no mundo. A Cummins já mantém fábricas de eletrolisadores no Canadá e na Bélgica e prevê expansão da tecnologia com novas plantas já anunciadas na Espanha, China e nos EUA.  

América do Sul tem alto potencial de produção

A região da América do Sul tem alto potencial para se tornar um importante produtor de hidrogênio verde. Além disso, especialistas no assunto afirmam o combustível pode agregar muito valor e trazer desenvolvimento à região.

Isso significa que o continente terá um papel importante na transição energética regional e global. De acordo com a consultoria norte-americana McKinsey & Company, a América do Sul possui 35% do potencial de produção global de hidrogênio.

Quando se analisa o Brasil, percebe-se o alto potencial de produção de energia de fontes renováveis como hidrelétrica, solar e eólica, o que favorece a produção de hidrogênio verde.

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