Viajar é preciso, mas planejar é fundamental
Dedicar tempo comparando destinos e meios de locomoção pode resultar em economia e uma viagem mais prazerosa
Qualquer pessoa que tenha dispensado alguns minutos pesquisando opções para sua próxima viagem deve ter encontrado infinitas opções. Com dimensões continentais, o Brasil oferece possibilidades para, praticamente, todos os estilos de viajante. O que cria uma espécie de “bom problema”: antes de definir o destino, é preciso planejamento e muita pesquisa. Porém, longe de ser uma tarefa entediante, encare essa etapa como espécie de aquecimento da viagem, um aperitivo do passeio. Aproveite para aprender sobre o lugar e, claro, economizar comparando preços. Selecionamos alguns passos a serem dados antes de arrumar as malas.
1 – Destino. Levando em conta o tempo disponível (um dia, um fim de semana, uma semana ou um mês inteiro, por exemplo), é possível “filtrar” locais para melhor aproveitamento das atrações.
Para quem mora em São Paulo, um bate e volta até o litoral é algo corriqueiro, especialmente no verão, devido à proximidade da capital com as praias. Uma passagem de ônibus para o Guarujá, na Baixada Santista, por exemplo, custa R$ 78,70, com ida e volta, fora as taxas de rodoviária. É uma boa opção para quem vai sozinho, mas nem tanto para quem viaja com a família. Em cinco pessoas, pode ser mais vantajoso cumprir os cerca de 100 quilômetros de automóvel, mesmo arcando com o caro pedágio da Rodovia dos Imigrantes (R$ 33,80). O gasto com etanol, entre ida e volta, para um carro que faça a média de 10 km/l, na estrada, ficaria em cerca de R$ 78. Isso considerando o preço médio do combustível no País (R$ 3,94 por litro), segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
2 – Meio de transporte. Caso a viagem seja interestadual, o planejamento deve ser um pouco mais minucioso, devido à distância e aos valores. Se o plano é passar um fim de semana no Rio de Janeiro, por exemplo, o primeiro passo é definir o meio de transporte. A viagem pode ter um custo variável até dentro do mesmo modal. Uma rápida pesquisa sobre preço de passagem de ônibus apresentou variação de quase 350%. A viagem só de ida começa em R$ 79,90 e vai a R$ 350, dependendo do tipo de poltrona (semileito, leito, leito-cama etc.), companhia, rodoviária de embarque e desembarque, acesso à sala VIP etc.
Já uma passagem aérea entre Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) sai por cerca de R$ 600, se a ideia for viajar neste final de semana. Esse é um preço de “tabela cheia” para uma viagem dentro da mesma semana e em alta temporada (férias de verão). Embora o preço seja bem maior, comparado ao cobrado em viagens rodoviárias, há a contrapartida do tempo. Enquanto uma viagem de ônibus entre as duas capitais leva mais de seis horas, a de avião o tempo gasto é de uma hora.
Os sites de viagem costumam indicar os meses em que as passagens têm preço mais atraente. Além disso, compras antecipadas, normalmente, garantem descontos maiores. Também fique de olho nas promoções, feitas para períodos de baixa temporada.
3 – Carro próprio, aluguel, carona ou aplicativo? Ainda no mesmo exemplo de um passeio para o Rio de Janeiro, caso a viagem seja de carro, estime um gasto aproximado de 43 litros de etanol, já que a distância entre as duas capitais é de 430 quilômetros. Dessa forma, contando apenas ida e volta mais pedágio (R$ 50 em cada sentido, pela Via Dutra), seriam gastos R$ 438, despesa que não inclui deslocamentos na cidade.
Existem plataformas, como a Blablacar, que conectam pessoas que vão para o mesmo local. Dessa forma, é possível dividir os custos da viagem com uma ou mais pessoas, de carro. A plataforma também oferece passagem de ônibus. Os preços para o Rio, na sexta-feira, partem de R$ 86 de carro e R$ 99 de ônibus.
O aluguel de carro para um fim de semana, no Rio, parte de R$ 100. Porém, como esse custo pode subir muito levando em conta gastos com estacionamentos, uma opção prática é a utilização de transporte por aplicativos. Um deslocamento entre o aeroporto Santos Dumont e Ipanema custa cerca de R$ 40.
4 – Atrações. Em muitos casos, a compra antecipada de ingresso para atrações locais (passeios, shows e museus, por exemplo) pode resultar em economia, além de evitar perda de tempo em filas.
5 – Hospedagem. A hospedagem é um custo que também tende a variar muito, dependendo de época do ano, localização, estrutura etc. Sites de viagem e plataformas como Airbnb são uma boa fonte de consulta de opções. Ainda para ficar no exemplo do Rio, a diária para um fim de semana para casal pode variar de cerca de R$ 400, em um hotel na região central da cidade, a R$ 35.600, em uma das exclusivas suítes do Copacabana Palace. O sol nasceu para todos, mas o céu é o limite.
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