Ranking aproxima startups dos investidores
Nos últimos quatro anos, o número de startups inscritas dedicadas à mobilidade cresceu quase 800%, passando de 153 para mais de 1.200
3 minutos, 33 segundos de leitura
04/05/2020
Na última década, a mobilidade urbana passou a ser discutida com mais frequência no mundo todo, inclusive no Brasil. Novos modais, soluções e serviços e transportes passaram a fazer parte da vida de um número cada vez maior de pessoas, transformando a maneira como nos deslocamos de um ponto a outro.
Por trás de cada inovação existe uma startup e uma das formas de medir a evolução desse tema na sociedade é pelo crescimento no número de empresas dedicadas ao desenvolvimento de soluções para a mobilidade.
O Ranking 100 Open Startups 2020, que é liderado pelo movimento 100 Open Startups, uma plataforma de open innovation para grandes empresas e investidores cocriarem novos negócios, tem registrado aumento expressivo no número de inscrições na categoria Mobility a cada ano.
Crescimento vertiginoso
Se, na edição de 2017, eram 153 empresas inscritas com soluções para esse segmento, na edição deste ano, cujo prazo para inscrição terminou no último dia 30 de abril, foram 1.262 startups registradas em uma contagem parcial feita a pedido do Mobilidade, o que representou um crescimento de 784% (veja no quadro abaixo a evolução desse número ao longo das últimas edições).
“Ao longo dos anos, temos observado esse tema emergir, bem como o aumento na quantidade de startups dedicadas a esse segmento. Tudo isso reforça seu potencial e importância para a sociedade”, observa Bruno Rondani, CEO do 100 Open Startups.
Visão geral do ranking
Com participação de startups e grandes empresas engajadas no ecossistema de inovação brasileiro, o ranking consolida-se como a principal fonte para companhias e investidores que estão em busca das startups mais atraentes para seus negócios. “A atratividade é medida por meio de critérios objetivos, vinculados às relações de negócio estabelecidas e validadas”, explica Rondani.
Publicada desde 2016, a lista considera a pontuação de cada startup de acordo com as relações de negócios estabelecidas com grandes empresa nos últimos 12 meses. Tudo é pontuado pela plataforma: os contatos comerciais são validados pelo executivo responsável pelo contrato, garantindo a confiabilidade dos resultados.
Atualmente, o movimento reúne:
- Mais de 2.400 médias e grandes companhias,
- 12 mil startups ativas,
- 2 mil investidores-anjo,
- 130 universidades e
- 16 mil executivos que colaboram para a categorização das propostas cadastradas.
R$ 600 milhões de investimentos
Durante toda sua trajetória, foram mais de 7.800 negócios estabelecidos entre empresas nascentes e corporações e mais de R$ 600 milhões de investimentos captados por 410 startups do programa.
“Neste ano, decidimos acrescentar algumas categorias especiais no ranking, a partir da observação das evoluções que estamos vivendo como sociedade. Incluímos temas importantes, que demandam nossa reflexão e ação, como inovação social, acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, empreendedorismo sênior e empreendedorismo feminino”, acrescenta Rondani.
A premiação oficial acontecerá durante a quarta edição do Whow!, reconhecido festival de inovação que será realizado em São Paulo, entre 7 e 9 de outubro.
Desafio Covid-19
Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus, o movimento 100 Open Startups passou a receber demandas das empresas buscando soluções para a nova configuração da sociedade, com grande parte das pessoas em isolamento social. Entre essas necessidades, aparecem fortemente transporte, logística e mobilidade de maneira geral.
“Decidimos abrir a plataforma também para quem não é associado, disponibilizando um campo, que chamamos de Desafio Covid-19, para ajudar a sociedade neste momento delicado”, diz Rondani.
Funciona da seguinte forma: empresas, governo e sociedade civil podem participar, enviar sua necessidade ou desafio e a plataforma compartilha com sua comunidade de startups. Em até 24 horas, é disponibilizada uma lista com as soluções mapeadas e ranqueadas e, a partir daí, as empresas podem seguir com a implementação das ações.
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