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Centro de Inovação e Tecnologia integra produção e pesquisa em mobilidade sustentável

Por: Erick Souza, especial para o Mobilidade . 13/09/2023
Inovação

Centro de Inovação e Tecnologia integra produção e pesquisa em mobilidade sustentável

Projeto constrói sistemas completos de tecnologia para bicicletas compartilhadas

3 minutos, 22 segundos de leitura

13/09/2023

Bicicleta desenvolvida pelo Centro de Inovação e Tecnologia da Tembici
De acordo com o COO, a iniciativa ainda lançará mais 500 bikes até o final do ano. Foto: Divulgação

Inaugurado nesta quarta-feira, 13, o novo centro de inovação reúne produção, pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento de um sistema integrado de mobilidade sustentável. O Tembici LABS, como é nomeado, tem como um dos principais focos a produção de sistemas completos para bicicletas compartilhadas.

De acordo com Maurício Villar, co-fundador e COO da Tembici, o Centro de Inovação pretende construir um ecossistema próprio de mobilidade ativa e redes de compartilhamento de bikes. As atividades incluem desde a produção das próprias bikes ao desenvolvimento da tecnologia presente nas estações de recarga, por exemplo.

“A gente sentiu a necessidade de olhar de novo para o futuro e produzir esse ecossistema completo da Tembici”, afirma Villar. A sede física do centro fica localizada no Largo da Batata, no distrito de Pinheiros em São Paulo.

“Contamos com uma área de produção, um time de eletrônica, time de mecânica e parceiros na área de design de produto”. [O projeto] começou com 15 pessoas e, hoje, tem 23 engenheiros.”, explica.

O Tembici LABS é uma unidade dentro da própria Tembici, com foco exclusivo na inovação e criação de novas soluções. Em fevereiro deste ano, a Tembici recebeu um financiamento de R$ 160 milhões do BNDES. Esse foi o primeiro projeto de micromobilidade urbana apoiado pelo banco estatal.

A iniciativa tem como objetivo posicionar a América Latina como polo de inovação no mundo quando se trata de mobilidade sustentável. “Este novo momento pode redefinir o modelo da indústria e estabelecer novos parâmetros de mobilidade urbana em todo o mundo”, afirma a empresa.

Além do equipamento tecnológico, o centro de inovação também contará com levantamento e análises autorais de dados sobre segurança, trânsito e meio ambiente.

Bicicletas compartilhadas em Belo Horizonte

De acordo com Villar, o primeiro lançamento de um sistema produzido integralmente pelo centro de inovação acontecerá em 22 de setembro, na cidade de Belo Horizonte. No total, a empresa disponibilizará 500 bikes na capital de Minas Gerais.

As bicicletas criadas pelo Tembici LABS contarão com tecnologia desenvolvida no mesmo centro de inovação. Com pedal assistido e pneus produzidos com material anti-furo, as bikes do projeto ainda contam com algoritmo treinado para auxiliar a condução.

“[O] algoritmo dentro delas percebe a força que o cliente está fazendo e ela compensa esse esforço pra manter uma constância”, explica o co-fundador. Um dos motivos para a escolha de Belo Horizonte como capital do lançamento foi, segundo Villar, o nível do terreno da cidade.

As estações de recarga fixas também combinam algumas tecnologias próprias do LABS. Com as estruturas a empresa espera proporcionar segurança, organização e previsibilidade aos usuários durante e após o uso.

Novas tecnologias

Com o avanço das discussões sobre mercado de carbono e a própria descarbonização do trânsito, Maurício Villar afirma que a Tembici LABS ainda pretende aproveitar o momento para lançar um novo produto até o final do ano.

De acordo com co-fundador, o novo produto contabiliza automaticamente o crédito de carbono gerado pela pedalada. A tecnologia calcula quanto de carbono foi poupado por cada quilômetro rodado com a bicicleta elétrica. Na sequência, ele gera o crédito em um ambiente blockchain.

“O mercado que ainda está sendo regulamentado, começando a ser explorado, mas a possibilidade de sustentabilidade pode impulsionar o crescimento de mobilidade sustentável”, afirma.

Com o fluxo de bicicletas da Tembici LABS, o centro ainda pretende coletar mais dados no futuro. Os sensores para medir temperatura, umidade e poluição do ar, são projetos no radar da empresa, de acordo com o COO. “Como as bicicletas estarão andando por ai, imagina você saber que a rua onde você mora tem uma curva de poluição? Isso pode munir as prefeituras com informações na tomada de decisão, por exemplo”, projeta.

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