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Patinete elétrico em Porto Alegre, em um ano de operação modal registra acidentes e morte

Por: Fellipe Gualberto . 05/11/2024
Meios de Transporte

Patinete elétrico em Porto Alegre, em um ano de operação modal registra acidentes e morte

Modal está disponível na cidade há um ano e soma seis acidentes, nos outros casos não houve mortes

3 minutos, 13 segundos de leitura

05/11/2024

Cidade conta com duas empresas que oferecem o aluguel de patinetes. Foto: Adobe Stock

Na sexta-feira, 1º de novembro, Vinicius de Andrade Cordeiro, de 43 anos, morreu enquanto conduzia um patinete elétrico na cidade de Porto Alegre (RS). O músico usava o modal para atravessar uma faixa de pedestre quando foi vítima de um atropelamento por um motociclista. O caso ocorreu na Avenida Protásio Alves, uma das mais importantes da capital gaúcha.

Durante o acidente, o músico pilotava um patinete da empresa JET, companhia que começou a operar na cidade em 6 de abril de 2024, fez uma pausa no serviço devido às enchentes, e voltou em 16 de julho.

A JET informa que esse foi o primeiro acidente fatal com um patinete de sua empresa. Em nota, ainda afirma que “lamenta profundamente o acidente de trânsito que ocasionou na morte de um usuário”, que todas as viagens contam com seguro, e que busca formas de entrar em contato com a família da vítima.

Leia também: Patinete elétrico, o que pode e o que não pode nesse modal?

O cenário: patinete elétrico em Porto Alegre

Além da JET, a empresa de aluguel de patinetes Whoosh também opera em Porto Alegre.

A Whoosh começou a oferecer seus serviços na cidade em outubro de 2023. A companhia afirma que houve 31 acidentes com seus veículos em 2024, nenhum deles com vítima fatal. De acordo com a empresa, o índice de acidentes é de 0,0035%. A JET, por sua vez, registrou apenas outros dois acidentes durante sua operação, todos sem consequências graves.

Em nota, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPCT) de Porto Alegre afirma que, sobre os acidentes com patinetes, “até o dia 1° de novembro, não havia registro de caso gravíssimo”.

A entidade ainda informa que “assim como todos os crimes de trânsito, a ocorrência está sob analise da Delegacia de Crimes de Trânsito da Polícia Civil. A Secretaria de Mobilidade Urbana (SMMU) de Porto Alegre e a EPTC vão aguardar os resultados da investigação para verificar quais os pontos de atenção que podem ser reforçados na fiscalização e orientação à população”.

Confira os números de frota e usuários de cada uma das empresas:

JETWhoosh
Frota em Porto Alegre9001.500
Usuários em Porto Alegre41 mil125 mil
Kms percorridos na cidade378 mil km1.5 milhão de km
Início da operação no localJulho de 2024Outubro de 2023
Fontes: JET e Whoosh

Recomendações de segurança

A JET afirma que as recomendações de segurança, informadas por vídeo no começo de cada viagem, continuam inalteradas, mesmo após o acidente. “A idade mínima é de 18 anos; é proibido largar o veículo nas calçadas; fazê-lo de transporte de carga ou levar acompanhante ou animais”, resume em nota.

Ao mesmo tempo, a empresa também destaca outras ações de segurança do trânsito que realiza. Por exemplo, campanhas educativas em pontos movimentados e conversas com instrutores em estações de retirada.

A Whoosh, por sua vez, informa que investe “continuamente em segurança e educação para promover um trânsito mais harmonioso e responsável. Nossa plataforma inclui orientações e campanhas para orientar as pessoas sobre comportamentos seguros no trânsito”.

A prefeitura, por outro lado, também informa que “a Escola Pública de Mobilidade da EPTC realiza ao longo do ano diversas e regulares ações educativas com o foco em orientar a população sobre o uso correto dos patinetes, para explicar as regras e dar dicas de condução segura para quem utiliza o equipamento”.

Por fim, o órgão público recomenda que “ocorrências em vias públicas sejam sempre registradas através da central de Atendimento ao Cidadão 156 ou 118, com acionamento dos agentes da EPTC”.

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