Metrô reforça a segurança para o Natal, confira os casos que agentes estão prontos para atender
Funcionários estão preparados para impedir furtos nas estações durante as compras de final de ano
A Estação São Bento, da Linha 1-Azul do Metrô, e a Estação Brás, que atende as Linhas 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira da CPTM, já estão preparadas para as festas de final de ano. As duas paradas que, respectivamente, ficam próximas da 25 de Março e do Brás, dois centros de comércio popular, estão com efetivo de segurança reforçado para prevenir furtos e atender pessoas em situação de emergência.
O Metrô ainda planeja, nas próximas semanas, aumentar o efetivo de segurança nas Estações Santa Cruz e Tatuapé, ambas com shoppings centers e que, por isso, devem receber um número maior de visitantes no final do ano.
Os agentes de segurança do Metrô, na verdade, também estão prontos para diversos tipo de ocorrência médica. Somente no ano de 2024, os funcionários prestaram atendimento de emergência para 17 pessoas que estavam passando por parada cardio-respiratória. Em casos mais raros, os seguranças fazem até mesmo partos, foram 31 desde a inauguração do modal.
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O treinamento dos segurança do Metrô
Os agentes de segurança do Metrô são selecionados por concurso público. Atualmente, mil funcionários trabalham nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Depois da aprovação, os seguranças passam por três meses de treino que incluem aulas sobre o Metrô (suas estações e funcionamento), aulas teóricas e práticas.
“Nas aulas teóricas, os agentes de segurança recebem noções de Direito, Direitos Humanos, Leis Penais e todo o embasamento para que eles saibam o que é permitido”, explica Mônica Miki, supervisora de operação do Metrô.
O treinamento prático, por outro lado, “tem como base técnicas de imobilização e defesa pessoal”, conta Maurício Cardoso, preparador físico de segurança do Metrô. Ele explica que as aulas envolvem técnicas de Judô, Aikido e Jujitsu, artes marciais que permitem a contenção sem machucar o usuário do modal.
“Mesclamos todas essas técnicas buscando manter a integridade do passageiros. Não lidamos com bandido ou ladrão aqui no sistema”, ele resume. De acordo com Cardoso, os seguranças do Metrô usam uma prática chamada “gradiente de força”, na qual os agentes começam a abordagem pedindo para que o indivíduo pare sua ação e sobem o nível de intervenção apenas em caso de resistência.
Dentre os equipamentos que os agentes usam, estão o spray de gengibre, um gás mais fraco que o spray de pimenta, algemas e cassetete. Os seguranças adaptam seus itens ao ambiente do Metrô, um espaço fechado e repleto de pessoas, o que impede o uso de gases de efeito moral mais forte.
Por fim, Mônica explica que os agentes de segurança fazem reciclagem do curso todos os anos. Ela ressalta que “não são todos os dias que temos roubos e furtos. O que mais fazemos é prestar atendimento e socorro para passageiros. A imobilização não é diária”.
Casos de emergência
Durante os três meses de treino, os agentes de segurança do Metrô fazem aulas no InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), para aprender como agir em casos de parada cardio-respiratória de algum passageiro.
As paradas cardíacas, no entanto, não são recorrentes em estações. De acordo com Cardoso, os casos mais comuns, e que se intensificam no final do ano com o aumento de passageiros, são os de quedas nas escadas rolantes, ferimentos leves e pessoas que sofrem com queda de pressão.
Ao mesmo tempo, os seguranças também aprendem noções de salvamento em casos de incêndio. Recentemente, a companhia também criou aulas especiais para ensinar os funcionários a atenderem pessoas com transtorno do espectro autista.
Casos de prisão por segurança do Metrô
Quando uma pessoa é vítima de crime no Metrô, a melhor solução é comunicar rapidamente o ocorrido para um agente de segurança. Os funcionários têm poder de polícia dentro da estação e podem prender os suspeitos e transportá-los até a delegacia.
“Temos uma delegacia na Barra Funda que atende as ocorrências do sistema metroferoviário”, conta Mônica. De acordo com ela, em caso de prisão, quando um passageiro rouba, furta, assedia ou comete qualquer outro crime, os agentes de segurança levam o suspeito até o local.
No caso de assédio sexual, os agentes têm um treinamento próprio para atender a vítima. Depois de prestar os primeiros socorros, os seguranças permitem que a mulher escolha para qual delegacia quer ser levada.
Mônica ressalta que a prisão ou não de um suspeito pode variar de acordo com as condições. É necessário que a vítima faça a denúncia, que o suspeito seja pego e que o item furtado seja encontrado, nestes casos, o criminoso é levado para a delegacia. Por outro lado, caso um destes elementos (suspeito, vítima, item furtado) falte, os agentes do Metrô ligam para o delegado e questionam se devem ou não levar o suspeito até a sua presença.
Em seu Centro de Controle Operacional (CCO), o Metrô de São Paulo tem câmeras que monitoram em tempo real todas as estações. A vítima de um crime pode mandar uma SMS para o número de emergência e, com ajuda das câmeras, os agentes no CCO direcionam seguranças até o suspeito, o interceptando antes que ele fuja.
Serviço
Para denunciar um crime no Metrô, envie um SMS para 11 97333-2252 ou faça uma denuncia por meio do aplicativo Metrô Conecta, que está disponível para celulares com sistema operacional Android e iOS, o app permite o anexo de fotos e imagens do suspeito.
Ao alertar o Metrô sobre um crime, é possível informar o número do carro, sentido que o trem está indo e características do suspeito. Todos estes dados podem ajudar o CCO a identificar o suspeito e enviar agentes de segurança para prendê-lo.
Por fim, Mônica também dá dicas de como evitar riscos no Metrô. De acordo com ela “neste período de festas, é comum que as pessoas andem com muitas sacolas. Por isso, recomendamos cuidado nas escadas rolantes e fixas”.
A supervisora de operação do Metrô ainda recomenda que os passageiros fiquem atrás da faixa amarela e não entrem depois do aviso sonoro. “Para evitar pessoas que roubam carteiras, mantenham as bolsas junto ao corpo, fique longe da região das portas e cuidado redobrado com o celular”. Ela explica que muitas pessoas não acostumadas com o Metrô usam esse modal no final do ano, sendo assim, todo cuidado é pouco.
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