Novos trens da Linha 6-Laranja terão energia regenerativa

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Novos trens da Linha 6-Laranja terão energia regenerativa; conheça a tecnologia

Por: Isabel Lima . Há 1 dia atras
Mobilidade para quê?

Novos trens da Linha 6-Laranja terão energia regenerativa; conheça a tecnologia

Alstom Brasil já iniciou as entregas das 22 unidades que vão circular na futura linha do Metrô de São Paulo

3 minutos, 12 segundos de leitura

31/07/2025

Linha 6-Laranja vai conectar universidades da capital. Foto: Divulgação/Alstom Brasil
Linha 6-Laranja vai conectar universidades da capital. Foto: Divulgação/Alstom Brasil

Com produção nacional, os novos trens da futura Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo contam com uma tecnologia que transforma energia do movimento em eletricidade reaproveitável. Os primeiros modelos, fabricados pela Alstom Brasil , na cidade de Taubaté (SP), já começaram a ser entregues. Aliás, eles vão operar no trecho entre o bairro da Brasilândia, na zona norte da capital paulista, e a Estação São Joaquim, na região central da cidade. A operação do ramal está prevista para começar a operar no segundo semestre de 2026.

Leia também: Linha 6-Laranja: confira o trajeto da linha que deve ser inaugurada parcialmente em 2026

Conforme a diretora-geral da Alstom Brasil, Suely Sola, os trens têm sistema de frenagem regenerativa que permite recuperar parte da energia usada no trajeto. “Cerca de 50% da energia utilizada pode ser regenerada em condições típicas de operação”, afirma Suely. O processo ocorre principalmente durante a frenagem. Portanto, a energia cinética que seria perdida em forma de calor é convertida em eletricidade por inversores com até 99% de eficiência. Sistema semelhante é usado nos carros elétricos.

Essa energia retorna para a rede elétrica da catenária (linha aérea) que alimenta o sistema. Ou seja, outros trens podem utilizar para fazer aceleração. “É como se a energia fluísse de um trem que está freando para outro que está ganhando velocidade”, explica a diretora. Se não houver outro trem próximo consumindo energia, o excedente é dissipado internamente nos próprios trens, por meio de resistores.

Além disso, a tecnologia reduz o desgaste de componentes mecânicos. “A frenagem regenerativa prolonga a vida útil dos freios e diminui os custos de manutenção”, pontua Suely. Por isso, o projeto é certificado com selo AST-Infra, que reconhece soluções sustentáveis em infraestrutura.

Tecnologia dos novos trens

Ao todo, serão entregues 22 trens para a futura linha de metrô com seis carros cada, totalizando 132 carros. Os veículos são de aço inoxidável, material mais leve e resistente do que o aço carbono. Aliás, isso também contribui para o menor consumo de energia. Os primeiros trens já estão em fase de testes no Pátio Morro Grande, na zona norte da capital paulista.

Além do reaproveitamento de energia, os trens trazem inovações em conforto e acessibilidade. Entre os destaques estão: condução automática, ar-condicionado, câmeras de vigilância e intercomunicadores acessíveis a pessoas em cadeira de rodas. De acordo com a empresa, cada trem tem capacidade para até 2.044 passageiros, as composições têm foco em ergonomia, conforto térmico e visual moderno.

A Linha 6-Laranja é conhecida como “linha das universidades”, por atender diretamente sete instituições de ensino superior. A expectativa é que o novo ramal transporte cerca de 630 mil pessoas por dia. Dessa forma, apresentará redução de até 1h no tempo de deslocamento entre a zona norte e o centro da cidade.

Como será a Linha 6-Laranja

A Linha 6-Laranja terá 15,3 km de extensão e 15 estações, ligando Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, no centro da capital. A linha terá conexões com as linhas 1-Azul, 4-Amarela e 7-Rubi. Conforme o governo do Estado de São Paul, a previsão é que o primeiro trecho, até Perdizes, entre em operação em 2026, com o restante sendo concluído em 2027.

A obra é da concessionária Linha Uni, em parceria com o Governo de São Paulo, sob coordenação da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI). A escavação dos túneis terminou em fevereiro de 2025, e a fase atual inclui instalação de trilhos, sistemas e testes com os trens.

Leia também: Ciclovia Rio Pinheiros ganha acesso direto à estação Santo Amaro de trem e metrô

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