Como funcionam os amortecedores ajustáveis? E a suspensão ativa?
Sistemas podem ser regulados conforme a necessidade do motorista
2 minutos, 37 segundos de leitura
23/06/2022
Em alguns carros esportivos e/ou luxuosos mais modernos é possível encontrar tipos diferenciados de suspensão. Os amortecedores ajustáveis, que permitem a regulagem de acordo com o tipo de piso sobre o qual o veículo vai rodar ou conforme a carga que será transportada, são os que chamam mais atenção.
De acordo com Jair Silva, gerente de qualidade e de serviços da Nakata, existem dois tipos de amortecedores ajustáveis, o mecânico e o eletrônico.
No primeiro, o ajuste é feito por meio de uma ferramenta, a fim de deixar sua ação mais ou menos resistente. Esse tipo de componente, porém, tem custo muito elevado e só é importado, o que torna seu uso muito restrito em nosso País.
Os ajustáveis eletronicamente são mais práticos, pois geralmente basta que um botão seja acionado para deixar a suspensão mais macia, privilegiando o conforto, ou dura, quando se deseja obter mais estabilidade. “Esse modelo é conhecido como amortecedor ativo, e torna a dirigibilidade mais agradável e segura”, explica Silva.
O segredo desse tipo de amortecedor está no fluido ferromagnético utilizado, que é capaz de ter sua viscosidade alterada por meio de mudanças no campo elétrico ao qual está submetido. Assim, ao se acionar o sistema, o fluido se torna mais denso, “endurecendo” a suspensão. “No Brasil, apenas alguns modelos topo de linha utilizam essa tecnologia”, afirma o técnico da Nakata.
Sofisticação avança com a tecnologia
Com relação à possibilidade de adaptação do sistema em um carro com suspensão convencional, Jair Silva é enfático: “Os veículos saem de fábrica com os amortecedores calibrados adequadamente para cada modelo; não existe a possibilidade de instalar amortecedores ativos em um veículo que não foi previamente preparado para isso.”
Por falar em tecnologia, é interessante lembrar que já existem automóveis com suspensão ainda mais sofisticada, que usa a câmera dos programas de assistência ao motorista para detectar imperfeições no piso à frente e “preparar” os amortecedores para reagirem ao impacto.
Nesse caso, porém, a maioria dos sistemas combina amortecedores hidráulicos com bolsas de ar, que se enchem e esvaziam de acordo com o comando da central eletrônica. É a chamada suspensão pneumática ou “a ar”, que permite ajustar não só o nível de conforto como a altura do veículo em relação ao solo.
Esse recurso, como é de se imaginar, está presente apenas em veículos importados de alto luxo – embora seja cada vez mais usado em modelos da linha pesada, por permitir regular a suspensão em função do peso da carga transportada.
Outra inovação, mas ainda na fase de desenvolvimento, é o chamado “chassi inteligente”, que será totalmente controlado por computador a fim de garantir a máxima estabilidade, com os amortecedores respondendo instantaneamente não só às imperfeições do piso, mas também às forças laterais e longitudinais que atuam sobre o veículo nas curvas, acelerações e frenagens.
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