No futuro, carros autônomos só poderão rodar em vias inteligentes
Saiba por que a transformação da mobilidade exige conectividade entre veículos e infraestrutura

Carros autônomos e rodovias inteligentes certamente serão realidade no futuro, mas a tendência é que eles construam uma dependência mútua. Afinal, veículos com mais inteligência também exigirão tecnologias robustas nas ruas e estradas.
O uso intenso da Internet das Coisas (IoT), sensores, radares e câmeras promoverá uma revolução ainda maior na forma como as pessoas se deslocam sobre rodas.
Exemplos atuais dão algumas dicas do que virá amanhã. Os recursos de segurança ativa, como frenagens de emergência, controle de velocidade adaptativa e detecção de pedestres e ciclistas, são etapas no amadurecimento do automóvel autônomo.
Ao mesmo tempo, painéis interativos nas rodovias, câmeras e drones de inspeção viária, cobrança de pedágio automática sem necessidade de parada na cabine e iluminação de LED ganham maior participação nas estradas. São os primeiros passos para as chamadas rodovias inteligentes.
No futuro, a conectividade entre os veículos, além da interação com a própria infraestrutura da cidade, formará um novo ecossistema de transporte.
“Por redes de comunicação, os integrantes do sistema viário se integrarão. O maior benefício, além de garantir a fluidez, será a segurança”, afirma Murilo Ortolan, diretor de Tendências Tecnológicas da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
Carros autônomos prometem segurança
Ele afirma que o carro autônomo, aliado às rodovias inteligentes, fará com que praticamente não haja mais acidentes no trânsito. “Máquinas também falham, mas a maior parte dos acidentes ainda acontece por imprudência, distração ou cansaço do motorista, condições que a tecnologia eliminará”, explica Ortolan.
Uma viagem com carro autônomo em rodovia inteligente implicará transferências de dados em tempo real. O veículo conseguirá obter informações como uma eventual obra à frente, de um carro que entrou ou saiu da pista, do pedágio, do ritmo da fluidez do tráfego e das condições meteorológicas.
Com essas informações, o automóvel definirá o tipo de condução ideal, o momento certo para fazer a ultrapassagem, a velocidade mais adequada e, se for o caso, a mudança da rota da viagem. Nos modelos autônomos movidos a eletricidade, a conectividade também permitirá conexão com a rede elétrica.
Por isso é tão importante o compartilhamento de energia ou mesmo a pista gerar energia por meio de painéis solares. “A própria rodovia poderá ser equipada com tecnologia de indução eletromagnética no piso para recargas do carro em movimento”, diz Ortolan.
Segundo o diretor da AEA, o pavimento das estradas já tem sido objeto de diversos estudos de nanotecnologia. Por exemplo: o bioconcreto é um material promissor ao selar rachaduras por meio de bactérias que produzem carbonato de cálcio em contato com água. Assim, futuramente, as vias poderiam ser reparadas sem a intervenção humana.
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