O que você precisa saber antes de comprar seu primeiro carro
Recomendações importantes ajudam na escolha do automóvel ideal
3 minutos, 36 segundos de leitura
17/09/2024
Por: Redação Mobilidade
Comprar o primeiro automóvel nem sempre é uma decisão fácil. Com tantas opções de novos e seminovos no mercado, o consumidor muitas vezes fica indeciso sobre o que é preciso considerar antes da escolha definitiva.
Se o modelo for 0 km, o comprador deve saber que ele já desvaloriza cerca de 10% do valor ao sair da concessionária. A depreciação chega a 20% no primeiro ano de uso.
“Mas nem todo mundo se importa com isso”, afirma Pietro Costantino, empresário do ramo de manutenção automotiva. “Muita gente compra um carro porque simplesmente gosta dele, sem achar a depreciação relevante.”
De toda forma, a aquisição do primeiro automóvel exige cautela para evitar surpresas desagradáveis. Costantino conta que existem vários fatores importantes na hora da decisão.
Consulta na internet
Em primeiro lugar, quem tem uma família numerosa, com filhos adolescentes ou adultos, deve escolher um veículo mais espaçoso, com bom volume de porta-malas e que, claro, caiba no orçamento.
“Por outro lado, se a necessidade for por um veículo para o dia a dia na cidade, para ir e voltar do trabalho, então um modelo compacto atende perfeitamente”, diz ele.
Se o interessado não entende muito sobre a parte mecânica, é importante levar alguém de confiança para apontar possíveis pontos negativos do modelo e problemas que o veículo pode apresentar futuramente.
“As discussões nos fóruns de internet também ajudam muito. Há fabricantes que lançam o carro e depois demoram demais para abastecer o setor de peças de reposição. Há casos em que o veículo fica parado na oficina por dois meses. Esse é o chamado carro B.O.”, relata.
Contato pessoal
Uma vez escolhida a categoria, é hora de pesquisar preços, possíveis promoções, o conteúdo de cada automóvel (alguns trazem mais itens de série do que outros da mesma faixa de preço) e valores que serão gastos posteriormente, como seguro, IPVA, combustível e manutenção.
Segundo o empresário, esses custos precisam ser acrescentados no orçamento mensal para afastar a ameaça de endividamento.
“Hoje, o consumidor não precisa mais sair de casa e visitar várias concessionárias para ter acesso a todas as informações do veículo. Uma busca na internet – nos sites das fabricantes e nos portais automotivos – encurta o caminho e ajuda na escolha”, afirma.
Apesar das possibilidades de fazer todo o processo de compra de forma online, é recomendável ir à loja ou à concessionária para fechar negócio. “Nada melhor do que conversar pessoalmente com o vendedor, ver o carro de perto e, quem sabe, tentar conseguir um desconto”, afirma.
Test drive
Outros aspectos também devem ser considerados no momento da compra. Se o carro for 0 km, informe-se se ele está prestes a sair de linha ou se passará por alguma reformulação, o que pode mudar detalhes estéticos e de conteúdo.
Se o interessado não se importar com isso e ainda assim mantiver a escolha, então pode usar esses argumentos para pedir um abatimento no preço final.
Existe uma prática fundamental que não pode ser esquecida: o test drive. Jamais leve o automóvel – novo ou usado – para casa sem antes ter as primeiras impressões a bordo.
O test drive permite que o motorista sinta o desempenho do motor, inclusive em subidas acentuadas, conheça os equipamentos disponíveis e se a posição de dirigir é confortável e ergonômica.
Sem dúvida
“Nem sempre o motorista se adapta ao banco, se sente confortável na condução e considera a visibilidade boa. O bem-estar no habitáculo deve ser garantido”, afirma. “O test drive é tão decisivo que é capaz de mudar a opinião do motorista entre um carro e outro.”
Uma coisa é certa: o potencial comprador jamais deve ficar com alguma dúvida – seja sobre a parte mecânica ou o funcionamento dos equipamentos disponíveis.
“Se persistir uma indecisão depois de ver e dirigir o carro, é melhor a pessoa pensar melhor e, se for o caso, considerar outro modelo. É um passo muito importante que não deve ser dado por impulso e sem total certeza”, diz Costantino.
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