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Cinco situações em que Curitiba já usa inteligência artificial na mobilidade urbana

Por: Daniela Saragiotto . 31/08/2023
Inovação

Cinco situações em que Curitiba já usa inteligência artificial na mobilidade urbana

Em evento sobre cidades inteligentes em Foz do Iguaçu, gestor de tecnologia da Agência Curitiba de Desenvolvimento fala como esses recursos já estão presentes no dia a dia da população

3 minutos, 35 segundos de leitura

31/08/2023

Por: Daniela Saragiotto

Curitiba usa inteligencia artificial na mobilidade urbana_foto Getty Images
Referência em mobilidade urbana, capital do Estado do Paraná tem diversos recursos de inteligência artificial em funcionamento. Foto: Getty Images

Inteligência artificial, ChatGPT, análises preditivas e outros são termos que despertam a curiosidade e estão sempre envolvidos em grandes discussões na sociedade. Mas, ao contrário do que pensamos, muitas dessas tecnologias de inteligência artificial já estão presentes em vários campos e ajudam a solucionar desafios das grandes cidades como gerenciamento do trânsito, entre outros.

Leia também: Como a inteligência artificial pode afetar a mobilidade urbana

Confira, a seguir, cinco situações que a Prefeitura Municipal de Curitiba (PR) tem ajuda da inteligência artificial para diversos serviços no atendimento à população, com bons resultados.

1. Serviços de zeladoria

A capital paranaense conta com o Curitiba 156, um aplicativo da prefeitura usado para abertura de diversos chamados pela população, como queda de árvores, problemas nas calçadas ou nas vias, semáforos com defeito, entre muitos outros.

“No app, já há a possibilidade de as pessoas abrirem chamados fazendo uma foto do problema, como o calçamento irregular. Dessa forma, a tecnologia de machine learning faz o reconhecimento da imagem e já direciona para que o usuário faça a opção correta do serviço que precisa”, explica Marcello Santos, gestor de tecnologia da Agência Curitiba de Desenvolvimento.

O executivo participou, nesta quinta, do 10º Simpósio Dataprom Inteligência nas Cidades, evento promovido pela Dataprom sobre cidades inteligentes realizado de 31/08 a 1/09 em Foz do Iguaçu (PR).

Recurso do Aplicativo Curitiba 156 em que o usuário pode pedir um serviço por meio da foto. Foto: Divulgação Agência Curitiba de Desenvolvimento

2. Expedição de alvarás e licenças

Após a gestão municipal identificar uma demora excessiva na expedição de alvarás e licenças, foi incorporado um recurso, também de machine learning, para levar mais agilidade ao serviço. De acordo com Santos, a ferramenta compara os pedidos novos e os já existentes de licenças e alvarás no banco de dados.

“Se a semelhança for de mais de 85%, o alvará é expedido automaticamente, em até cinco minutos, nem precisa passar por um analista”, explica. A tecnologia também ajuda na análise das solicitações mais complexas, direcionando depois para uma pessoa finalizar o atendimento, Nesses casos, o prazo médio para emissão é de 12 dias, segundo ele.

3. Ordenamento do trânsito

A inteligência artificial também tem auxiliado a melhorar a fluidez da cidade, especialmente em grandes eventos, que acabam alterando a rotina da população. Alguns exemplos são o Natal de Curitiba e o show do Coldplay, citando apenas alguns mais marcantes.

O conceito é a concentração de infomações de diversas fontes em uma mesma plataforma, como dados do Waze, radares, semáforos, ônibus, táxis, entre outros, com o uso da tecnologia de análises preditivas, que ‘sugere’ uma ação com base no comportamento em determinados dias e horários.

“Dessa forma, conseguimos ter um panorama completo da situação e tomar decisões, como mudar o sentido de ruas, diminuir ou aumentar o tempo dos semáforos, entre outras”, explica o gestor de tecnologia da Agência Curitiba de Desenvolvimento.

4. Muralha Digital

A chamada Muralha Digital consiste na instalação de câmeras de monitoramento com reconhecimento facial por toda a cidade, cruzando com informações da área de segurança pública, a fim de dar mais tranquilidade para a população.

A tecnologia permite intervenção em tempo real e de forma mais rápida, na prevenção e combate à criminalidade. Assim, a Defesa Civil usa imagens para prestar socorro mais rápido à população, em casos como alagamento, entre outros exemplos.

5. Abertura de chamados pelo Waze

Outra iniciativa que conta com recursos de inteligência artificial, essa ainda em implementação, é a abertura de chamados via Waze. De acordo com Santos, atualmente, a taxa de utilização do GPS em Curitiba nos horários de pico é de 1 para 6, com uma assertividade de 94% comparado com os dados da prefeitura.

“Pensando nisso, estamos montando abertura de chamados dos buracos da cidade de forma automática, com base nos alertas do Waze”, explica. Além de rapidez, outro resultado esperado é a criação de um banco de dados, que pode ser usado para outras finalidades pelos gestores.

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