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Honda promete lançar dez motos elétricas até 2025

Por: Arthur Caldeira . 19/09/2022
Mobilidade para quê?

Honda promete lançar dez motos elétricas até 2025

Maior fabricante de motos do mundo, empresa japonesa quer alcançar neutralidade de carbono em sua linha de duas rodas até 2040; conheça os planos da marca no segmento de duas rodas

4 minutos, 46 segundos de leitura

19/09/2022

Por: Arthur Caldeira

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Entre as novidades, fabricante japonesa deverá ter três modelos elétricos de "alta cilindrada", ou seja, voltados para o lazer. Fotos: Divulgação/Honda

A Honda, finalmente, vai entrar na era das motos elétricas. A empresa japonesa, que até então tinha tido iniciativas tímidas no segmento, anunciou na última semana que irá acelerar a eletrificação de seus modelos.

A Honda prometeu apresentar dez ou mais motocicletas elétricas até 2025. O objetivo, segundo a empresa, é aumentar as vendas anuais de modelos elétricos para 1 milhão de unidades nos próximos cinco anos e chegar a 3,5 milhões de unidades (o equivalente a 15% das vendas totais) a partir de 2030.

A meta da maior fabricante de motocicletas do mundo é alcançar a neutralidade de carbono em toda sua linha de motos, motonetas e scooters durante a década de 2040, ou seja, daqui a menos de 20 anos. A transição, portanto, deverá ser gradual, pois a Honda afirmou que ainda investirá no desenvolvimento de motores de combustão interna mais eficientes e menos poluentes.

A marca japonesa cita os motores flex à venda no Brasil, que podem usar apenas etanol, e a introdução de modelos que rodam com gasolina e etanol na Índia, maior mercado mundial de motos atualmente, como exemplos para reduzir gradualmente a emissão de CO2 por suas motos.

De acordo com o comunicado da empresa, “em nações emergentes, especialmente, há uma grande demanda por motocicletas, principalmente modelos para o deslocamento diário, como uma solução para as pessoas em sua vida cotidiana”. Segundo a Honda, a popularização das motos elétricas nesses países enfrenta desafios, como o maior peso e os preços mais altos, para substituir as motos a combustão interna.

Além disso, acredita a empresa japonesa, a demanda por modelos elétricos depende, de incentivos governamentais, regulamentações e disponibilidade de infraestrutura de recarga em cada país.

Baterias compartilhadas podem ser solução

Como uma forma de aprimorar a infraestrutura de carregamento, a Honda está trabalhando para popularizar o compartilhamento e a padronização das especificações das baterias. Já existem dois consórcios, um no Japão e outro com fabricantes europeus, do qual a empresa participa e cujo objetivo é padronizar as baterias elétricas de motos.

Além disso, criou, no Japão, em parceria com as outras três grandes fabricantes japonesas (Kawasaki, Suzuki e Yamaha), e a ENEOS, empresa de distribuição de energia, a Gachaco, que fornecerá um serviço de compartilhamento de baterias intercambiáveis padronizadas para motocicletas elétricas e desenvolverá infraestrutura para esse serviço.

Honda irá investir na padronização e nos serviços de compartilhamento de bateria

A Honda também estabeleceu uma joint venture na Indonésia para operar um serviço de compartilhamento de baterias, que está sendo testado em Bali. Na Índia, até o final deste ano, deve se iniciar o compartilhamento de baterias para triciclos elétricos (os famosos “tuk-tuk”). Mas, e o Brasil?

Embora o País tenha sido citado apenas como exemplo de motores flex, menos poluentes, fontes ligadas à empresa afirmam que a matriz enxerga potencial para as motos elétricas no mercado brasileiro. Afinal, a Honda tem uma fábrica moderna e com enorme potencial produtivo em Manaus e o Brasil é um dos principais mercados da marca japonesa no mundo. Entretanto, a empresa afirma que não há planos concretos para anunciar no momento.

Provavelmente, a emrpesa deverá testar as motos elétricas em países com mais infraestrutura e já acostumados aos veículos elétricos, como o próprio Japão, a China e Europa. Mas, certamente, veremos motos elétricas da Honda rodando no Brasil.

Como serão as futuras motos elétricas Honda

A fabricante japonesa prometeu apresentar dez motos elétricas, até 2025, para diferentes perfis de consumidor. A maioria dos modelos, contudo, será voltada para o deslocamento diário e para o uso profissional. Afinal, as motos elétricas têm ganhado espaço nas entregas para reduzir a emissão de poluentes de empresas de logística.

A Honda, aliás, já oferece alguns modelos elétricos, como o Benly e:, para os Correios do Japão e Vietnã e está fazendo testes para iniciar a produção e vendas da scooter na Tailândia antes do final deste mês. Alimentados por baterias intercambiáveis do Honda Mobile Power Pack (MPP), que atendem questões relacionadas à autonomia e tempo de carregamento. Segundo a marca, os dois principais desafios para disseminar o uso generalizado de motocicletas elétricas.

Entre as futuras motos elétricas da Honda, maioria será voltada para mobildiade urbana e uso comercial

Para uso pessoal, a Honda prometeu dois modelos elétricos para o deslocamento diário entre 2024 e 2025 na Ásia, Europa e Japão. Mas, já prevendo os avanços tecnológicos, a fabricante japonesa garantiu que terá futuros modelos equipados com uma fonte de energia além das baterias substituíveis, ou seja, híbridos.

Algumas motos elétricas da Honda, porém, serão ciclomotores e bicicletas elétricos. Afinal, esse tipo de veículo responde por mais de 90% das vendas globais de motocicletas elétricas em todo o setor (aproximadamente 50 milhões de unidades) e são muito populares na China. Com a expectativa de que a demanda por ciclomotores e bicicletas elétricas deverá se expandir, a Honda terá um total de cinco novos modelos compactos e acessíveis até 2024 na Ásia e na Europa.

Além dos modelos elétricos para a mobilidade urbana, a também terá motos de alta cilindrada eletrificadas. Com base em sua plataforma atualmente em desenvolvimento, a Honda planeja lançar um total de três modelos elétricos no Japão, EUA e Europa entre 2024 e 2025. Também haverá um veículo elétrico para crianças.

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