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Motos elétricas ganham espaço nas entregas

Por: Arthur Caldeira . 02/09/2022

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Motos elétricas ganham espaço nas entregas

Para cumprir meta de redução na emissão de gases poluentes, empresas adotam motocicletas movidas a bateria

3 minutos, 46 segundos de leitura

02/09/2022

Por: Arthur Caldeira

Muitas empresas de logística e delivery estão substituindo suas motos a combustão por modelos movidos a bateria. Foto: Divulgação FedEx

Com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes durante as entregas, muitas empresas de logística e delivery estão substituindo suas motos a combustão por modelos movidos a bateria. O uso de modais sustentáveis também ajuda as empresas a cumprir metas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas boas práticas de ESG para uma ação efetiva contra as mudanças climáticas.

Integrante do programa brasileiro GHG Protocol, metodologia que contabiliza e relata emissões de gases de efeito estufa, a Solar, empresa que produz e distribui produtos do portfólio da Coca-Cola para cerca de 400 mil pontos de venda no Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, pretende substituir metade das cerca de 3 mil motos a combustão de sua frota por modelos elétricos.

O objetivo da empresa é reduzir em 25% suas emissões até 2030. Para isso, a Solar Coca-Cola expandiu a oferta das motos elétricas para mais três Estados brasileiros, em junho: Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Com foco em sustentabilidade, o modelo das motocicletas usadas é a Shineray SHE 3000, elétrica e capaz de cumprir o mesmo serviço logístico das motos convencionais, mas com menor impacto para o meio ambiente.

Além das motos elétricas, a Solar adotou empilhadeiras elétricas nos Estados do Ceará e de Mato Grosso. A mudança diminuiu em cerca de 3 mil toneladas a emissão de CO₂ em 72 meses. Entre empilhadeiras e motos, mais de 60 veículos foram envolvidos nos projetos de mobilidade sustentável da empresa.

Parceria

Desde maio, o iFood, em parceria com a Voltz Motors, passou a oferecer uma moto elétrica para seus entregadores de São Paulo (SP). Além do preço acessível, menos de R$ 10 mil, inferior ao de uma moto a combustão interna da mesma categoria, a iniciativa inclui acesso às estações de troca, criadas pela Voltz, mediante a adesão ao plano de assinatura de baterias elétricas.

Os entregadores pagam a partir de R$ 129, para quem roda até 2 mil quilômetros por mês, para poder fazer a troca por uma bateria carregada, quando a sua estiver acabando, em uma das 55 estações instaladas em postos Ipiranga da capital paulista. Segundo a Voltz, o plano é criar 100 estações na cidade até o fim deste ano.

“Essa parceria com o iFood permitiu dar escala às nossas estações de troca. Futuramente, a ideia é liberar a assinatura, também, aos consumidores finais”, explicou Renato Villar, CEO da Voltz Motors.

Frota elétrica terceirizada

Em parceria com a Watts Mobilidade Elétrica, uma empresa do grupo Multilaser, a E-moving, startup de assinaturas mensais de bicicletas elétricas, também oferece locação de motos elétricas para o mercado B2B. O modelo disponível é a moto elétrica W125, da Watts, que tem autonomia de até 150 km com duas baterias, motor de 3000W e desempenho semelhante ao de motos de combustão de 125 cc.

Com assinaturas a partir de R$ 699 mensais e contrato mínimo de 12 meses, a empresa fechou recentemente um acordo com a Box Delivery, empresa de logística last mile. “Fechamos um grande negócio com a Box Delivery. A primeira locação foi de 1.300 unidades”, comemora Gabriel Arcon, CEO da E-Moving.

Outra empresa que também aposta na assinatura de motos elétricas é a startup Origem, de Brasília (DF). Por R$ 1 mil mensais, valor que inclui os custos de seguro, documentação, manutenção e rastreador, além das trocas de bateria nos pontos criados pela Origem, empresas podem alugar a moto elétrica, criada e produzida no Brasil.

Uma das empresas que vão testar a Model-X, moto elétrica criada pela Origem, é a FedEx. Desde abril, a gigante das entregas implantou um projeto-piloto para usar motos elétricas nas operações logísticas de pequenas encomendas que precisam ser entregues ou retiradas em regiões de grande fluxo de tráfego, como os grandes centros urbanos.

A FedEx vai testar uma unidade da Voltz EVS Work, na capital pernambucana, e duas motos da Origem, na capital federal. “A partir de um resultado positivo, planejamos estudar a inclusão de motos elétricas na nossa frota em um futuro próximo”, garante Eduardo Araújo, diretor de Logística da FedEx no Brasil.

Essa parceria com o iFood permitiu dar escala às nossas estações de troca”

Renato Villar, CEO da Voltz Motors

Quer sabe mais? Acesse: mobilidade.estadao.com.br

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1 Comentário


  • José Luiz Britto Bastos - 02/09/2022

    Um avanço significativo rumo ao fim do da queima de combustíveis fósseis. A humanidade agradece, menos poluição, sob todos os aspectos.

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