Plataforma em alto-mar tem voo pioneiro com aeronave sem piloto
Primeiro voo autônomo de longa distancia no transporte de cargas no País percorreu cerca de 180 quilômetros
Uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA) realizou o primeiro voo de longo alcance no Brasil. O veículo autônomo percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da Petrobras em Imbetiba (Macaé, RJ) e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, no litoral fluminense. De acordo com a Petrobras, o voo experimental deverá contribuir para o desenvolvimento e aplicação da tecnologia em outras situações.
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Durante o teste, a aeronave realizou um voo BVLOS (sigla em inglês para Beyond Visual Line-Of-Sight ou além do alcance das visual). Neste tipo de operação, o veículo autônomo vai além do campo de visão do piloto.
O objetivo, conforme a empresa, era testar a aeronave no transporte de cargas, para conduzir até 50 kg. Além disso, produzir dados para a redução de custos e para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves.
Teste com aeronave sem piloto
Dentre as informações coletadas, o voo pode ter contribuído para a definição de melhores rotas, altitudes e procedimentos de subida e descida. Com o uso de aeronaves deste modelo também é possível reduzir emissões de gases do efeito estufa no transporte de cargas leves.
Atualmente, a Petrobras utiliza drones e aeronaves não-pilotadas para operações em grandes altitudes. Dentre os serviços, por exemplo, estão as inspeções de flares e a pintura de plataformas e embarcações. O voo de teste aconteceu com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras.
De acordo com a empresa, a análise dos dados gerados deve ser finalizada durante o segundo semestre deste ano. Na sequência, a Petrobras também pretende simular outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo.
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