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Pneus para motos: 10 cuidados essenciais

Por: Patrícia Rodrigues . 17/09/2022
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Pneus para motos: 10 cuidados essenciais

Únicos pontos de contato com o solo, a manutenção regular desses equipamentos é a principal conduta para pilotar com segurança

5 minutos, 38 segundos de leitura

17/09/2022

Segundo a Abraciclo, 8% dos acidentes envolvendo motos aconteceram pela falta de manutenção — especialmente relacionada a pneus (11%) e freios (7%). Foto: Getty Images

Alternativa econômica e ágil, baixo custo de manutenção quando comparada ao carro e menor consumo de combustível são algumas das vantagens oferecidas pelas motos. Não à toa, de acordo com dados Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o número de pessoas habilitadas com a CNH (Carteira Nacional Habilitação), na categoria A, cresceu 50,9% nos últimos dez anos. Até o final do ano passado, 35,2 milhões de pessoas estavam aptas a conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas.

No entanto, a expansão do modal traz consigo outro dado alarmante. De acordo com levantamento Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), com base nos dados do Ministério da Saúde e do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), mostra que, somente entre janeiro e julho de 2021, 71.344 acidentes graves envolvendo a internação de motociclistas foram registrados no Brasil, o que representa 54% de todos os incidentes de alta gravidade nas ruas brasileiras.

Entre várias causas, ainda de acordo com pesquisa da Abraciclo, 8% dos acidentes envolvendo motos aconteceram pela falta manutenção desses veículos — especialmente relacionados a pneus (11%) e freios (7%), os itens com pior conservação. No caso dos primeiros, fundamentais em qualquer veículo por serem os únicos pontos de contato com o solo, nas motos eles são indispensáveis para pilotar com segurança. Confira, a seguir, 10 cuidados fundamentais para ter esse equipamento sempre em dia:

1 – Faça manutenções regulares

Dê especial atenção às rodas, pois a quilometragem e o desempenho dos pneus são afetados negativamente por um veículo com manutenção insuficiente. O mesmo vale para a suspensão, cujos componentes podem afetar a estabilidade e gerar tensões excessivas nos pneus.

2. Na hora da troca, siga as orientações do fabricante

Todo pneu possui códigos e letras que indicam suas medidas, que estão localizados nos flancos (laterais). Os primeiros números indicam as medidas (largura, altura polegadas de diâmetro da roda), enquanto as letras M/C significam ser um produto para motocicletas, o último código numérico relaciona-se à carga máxima suportada e a última letra a velocidade máxima que o pneu pode atingir com segurança. O item também vem com informações quanto ao tipo de construção (R- radial ou diagonal) ou nada (motos de baixa cilindrada e scooters) e letras como TT e TL (laterais) para explicar se ele possui câmara (TT, de tube type) ou não (TL, de tubeless).

3. Não faça “combinações” perigosas

Troque os dois pneus ao mesmo tempo. Combinar um novo com um usado (dianteiro novo com um traseiro usado, que possuem áreas de contato e limites de curva distintos) pode causar instabilidade e vice-versa. Também não combine desenhos diferentes (radiais com diagonal), pois também afeta a estabilidade, condução e a capacidade de fazer manobras.

 4. Fique de olho no indicador de desgaste

Os modelos para motos também possuem o indicador de desgaste da banda de rodagem (TWI, sigla para tread wear indicator), um ressalto de borracha posicionado transversalmente entre os sulcos em alguns pontos da banda de rodagem. Se o ressalto ficar no mesmo nível da banda de rodagem, sinal de que o pneu está careca e é  hora de trocar.

5 – Jamais opte por medidas alternativas

Mais uma vez, a recomendação do fabricante é fundamental: os mais largos, por exemplo, mudam o comportamento do veículo, aumentam o consumo de combustível e, principalmente, influenciam a suspensão e manobras, comprometendo a segurança.

6 – Faça a calibragem correta

Seu valor é especificado por uma etiqueta fixada na moto para garantir melhor aderência ao asfalto e deve contemplar o piloto e garupa para proporcionar, entre vários benefícios, o desgaste uniforme na banda de rodagem.

7. Verifique calibragem semanalmente

Sempre com os pneus frios. A pressão insuficiente dos pneus (pneus murchos) aumenta a área de contato com o solo e o consumo de combustível, promove desgaste mais rápido e pode fazer com que o pneu saia do aro durante frenagens. Além disso, pode resultar em curvas imprecisas, temperaturas de funcionamento mais elevadas, desgaste irregular do piso, fissuras por desgaste e sobrecargas e na eventual inutilização da carcaça do pneu. Uma pressão excessiva dos pneus não aumenta a capacidade de carga, mas irá resultar numa condução difícil e no desgaste acelerado dos pneus na parte central da área de contato, além de impacto maior ao passar em lombadas e valetas.

8. Não exceda a carga máxima indicada no flanco do pneu ou a capacidade de carga do veículo (no manual do proprietário)

Isso também acarreta a perda de pressão pelo desgaste das válvulas.

9. Inspecione todos os detalhes

Verifique a cada uso a existência de furos, cortes, abrasões, fissuras, saliências, bolhas ou quaisquer outros danos nos pneus. O aparecimento de fissuras de tensão nos sulcos do piso é um indicador de sobrecarga e/ou pressão insuficiente e/ou perda de pressão. Se observar a existência de fissuras nos sulcos do piso, eles precisam ser substituídos. Não se esqueça de verificar também as rodas, as câmaras de ar e as válvulas. Danos causados por impactos, penetrações ou pela utilização contínua com pressão insuficiente/excessiva são progressivo

10. Esqueça os pneus recauchutados

Também chamados de reformados, eles costumam ser mais baratos que os novos. No entanto, em motos eles são proibidos por lei desde o início dos anos 2000, por questão de segurança (instabilidade, risco de acidentes), uma vez que pneus de motos não são desenvolvidos para suportar reformas (ao contrário dos veículos pesados). Esse importante alerta foi reforçado por mais uma norma (Resolução 913, de 28 de março de 2022) do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estende a proibição desses produtos em veículos automotores de duas ou três rodas (motocicletas, ciclomotores, motonetas e triciclos).

Além de muito perigoso e ilegal, rodar com pneu reformado e infração grave, com pena de multa de R$ 195,23 e perda de 5 pontos na carteira. Em 2019, um estudo comparativo realizado pelo Inmetro entre pneus novos e reformados de motocicletas constatou, apenas na inspeção visual, 0% de defeito nos pneus novos, enquanto 91,5% dos reformados apresentaram, pelo menos, um defeito em cada amostra (deformação plástica do talão, falta de material no flanco, descolamentos na região da junção entre o flanco e o talão, entre outros).

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