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Urbanismo e qualidade de vida

Por: Daniela Saragiotto . 31/08/2022

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Urbanismo e qualidade de vida

Planejamento da infraestrutura urbana impacta diretamente o dia a dia da população

3 minutos, 27 segundos de leitura

31/08/2022

Trecho de ciclovia em Hortolândia (SP): cidade terá 100 km de pistas para bikes até 2024. Foto: Reginaldo Prado/Prefeitura Municipal de Hortolândia (SP)

Como as cidades organizam a ocupação do seu território e a cobertura de serviços fundamentais, como água e esgoto, são aspectos que têm relação direta na qualidade de vida das pessoas. E são, também, alguns dos indicadores do eixo Urbanismo, do Ranking Connected Smart Cities, estudo que traz dados e indicadores que refletem o nível de desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil.

No ano passado, Curitiba, a capital paranaense, ficou com a primeira posição em Urbanismo, seguida por Limeira (SP), que ficou em segundo, e, em terceiro, Niterói (RJ). Além dessas, há outras cidades, também bem posicionadas no ranking, que têm implementado boas práticas que podem servir de cases para outras localidades.

Um exemplo é Hortolândia, cidade pequena localizada na região metropolitana de Campinas (SP), com 237 mil habitantes, que ficou com a quinta posição nesse eixo de 2022. Todo seu território é urbano, e o município ostenta indicadores positivos, como 99,5% dos domicílios com água tratada e 98,5% de coleta de resíduos.

“Mas nem sempre foi assim. Em 2005, menos de 40% da cidade era asfaltada e nenhuma residência tinha sistema de esgoto: eram fossas sépticas. Em 2019, inauguramos uma estação de tratamento de esgoto e, aos poucos, as coisas começaram a mudar”, explica Carlos Roberto Prataviera Júnior, secretário de Planejamento Urbano e Gestão Estratégica da prefeitura de Hortolândia.

Importância do planejamento

Com foco no crescimento e na correta estruturação do município nos próximos 30 anos, a cidade conquistou um financiamento internacional de US$ 52 milhões para investimentos em infraestrutura urbana. “Como ela ainda não está tão adensada, pensamos em trabalhar a organização neste momento em que não teremos tantos gastos com desapropriação. A ideia é que tenha interação entre preservação ambiental e uso pelas pessoas, sobretudo para prática de esportes, canteiros centrais, calçadas nas duas extremidades e estrutura cicloviária”, diz.

Com uma cidade plana, a infraestrutura cicloviária também tem sido uma grande aposta da gestão: são 30 quilômetros de ciclovias, que já estão operando, mais dezenas deles em construção, que passaram por licitação. “Temos mapeado todo o plano de termos até 2024 mais de 100 quilômetros totais de ciclovias segregadas, cortando toda o município”, afirma.

Em relação à iluminação pública, 100% do sistema da cidade utiliza lâmpadas de LED. “E estamos implementando a telegestão, o que nos permite monitorar falhas e levar inteligência a todo o sistema de iluminação local”, afirma.

Tradição no planejamento

Com 430 mil habitantes e sete municípios, Jundiaí, localizada a pouco mais de 50 quilômetros da capital paulista, ficou em oitavo no eixo Urbanismo, do ranking de 2021. “Manter a qualidade de vida da população, sobretudo alcançar padrões de desenvolvimento sustentável, exige vigilância constante da administração pública, especialmente da municipal”, diz Sinesio Scarabello Filho, gestor de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente da prefeitura de Jundiaí (SP).

Ele explica que o município tem orientado suas ações atuais de acordo com diretrizes importantes, que são: política de urbanismo para crianças, elaboração de planos de bairros, uso de áreas públicas, requalificação do Vale do Rio Jundiaí, revisão do sistema de mobilidade, objetivos do desenvolvimento sustentável e proteção dos atributos naturais e culturais.

“Temos uma tradição em planejamento, e nosso primeiro Plano Diretor foi aprovado em 1969. Desde então, esse instrumento foi sendo aprimorado, sempre com a participação pública, outro aspecto fundamental e que, em nossa opinião, também precisa evoluir. Os modelos de audiência, hoje, não levam a nenhuma discussão dos temas, evoluindo para um consenso”, afirma.

Conheça os indicadores do eixo Urbanismo

  • Lei de uso e ocupação do solo
  • Lei de operação urbana
  • Plano Diretor estratégico
  • Alvará provisório
  • Despesas com urbanismo
  • Cadastro imobiliário
  • Percentual da população em média e alta densidade
  • Percentual de atendimento urbano de água
  • Percentual de atendimento urbano de esgoto
  • Outros modais do transporte

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